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Mensagens

A mostrar mensagens de 2008
Nos últimos dias de "trabalho" no ECI em que os chefes decidiram aproveitar os meus préstimos mandando-me carinhosamente para a nulidade laboral que era a tenda de brinquedos e decorações natalícias, dei-me a vários tipos de pensamentos, aos quais era propício aquele ócio forçado e remunerado... Numa das noites em que lá estive, houve alguém que se queixou de mãos frias... ora, como eu tenho uma certa aversão a gente de mãos frias, ofereci-me prontamente para as aquecer, uma vez que, se não por al, pelo simples facto de não ter mais que fazer e querer fazer algo de útil por alguém. Obviamente que a queixosa se recusou a tocar-me nas mãos pelo que eu afirmei que não tinha de o fazer. Vá-se lá saber porquê essa vossa sociedade percepciona o toque e o contacto físico como algo a evitar... A rapariga ergueu a mão mantendo-a a pouco menos de um palmo da minha. Eu concentrei um pouco mais de calor nas mãos, habilidade adquirida após muito ócio forçado no piso -2, e ela surpreendeu

Ecce gargula

Senta-te aqui comigo... Pela primeira vez em anos sento-me no topo da minha Torre, no meu posto de vigia abandonado... Aqui no topo... Achas-me charmoso? Pareço-te bem? Obrigado. O meu sorriso sincero será a única resposta que obterás ao elogio. A remodelação do outfit , pela primeira vez na vida, ocorre simultaneamente interior e exteriormente. Vê-me como a velha gárgula que sou. Cabelo curto, penteado, todo de preto vestido... todo não, a minha gravata bordeaux , simultaneamente, empresta-me um pouco do glamour da sua seda , faz-me parecer mais velho como sou e, por se enrolar no meu pescoço, recorda-me do sangue que me pulsa nas veias a cada pulsar do coração que se regenera e se modifica com a Magia que me permite sobreviver a tudo. Asas escondidas sob o sobretudo negro, ou talvez o meu sobretudo negro evidencie as negras asas que representa. Calças, negras. Sapatos negros. Camisa negra... Até o guarda-chuva que uma gárgula não costuma usar, negro. E caminhar, mortal entre mortais

Tudo o que preciso

Morro por recuperar o fôlego.. Oh, porque é que eu não aprendo? Perdi toda a confiança apesar De a ter tentado recuperar. Ainda consegues ver o meu coração? Toda a minha agonia se desvanece Quando me seguras em teu abraço. Não me apartes, pois tudo o que preciso... Faz do meu coração um lugar melhor... Dá-me algo em que acreditar... Não me apartes. Abriste a porta, agora não a deixes fechar-se. Aqui estou no limite de novo, Desejaria desistir. Sei que estou apenas a um passo de recuperar. Ainda consegues ver o meu coração? Toda a minha agonia se desvanece Quando me seguras em teu abraço. Não me apartes, pois tudo o que preciso... Faz do meu coração um lugar melhor... Dá-me algo em que acreditar... Não me apartes. Tentei muitas vezes mas nada era real. Fá-las desaparecer, Não me apartes. Quero acreditar que isto é real... Salva-me do meu medo, Não me apartes... Não me apartes, ao que resta de mim... Faz do meu coração um lugar melhor... Não me apartes, pois tudo o que preciso... Faz do

PVT muito pública

Monsoon, não. Monsanto…. Como é que me vim aqui meter? Não se arranja nada de jeito pra comer, O que há é pão seco e bolos… Acordar às 4 da madrugada Com uma gaja a perguntar, vinda do nada, Se não me importo de a minha cama partilhar…. Driving to the Monsanto, Beyond Lisbóne, ‘Till the bungalow, After Decathlón, Past the circular Which is the Secónde, I’d rather go to Porto Than to Queluz… And then we pass the Estádio da Luz… To the Monsanto…. Almost Dafundo…. Raios partam a organização: “Não há arroz”, “enfia o bife no pão” É ouvir os estômagos a gemer… Empadão de atum intragável, “tira-me isso daí” diz a responsável Como se não bastasse ser servida a copo… Driving to the Monsanto, Beyond Lisbóne, ‘Till the bungalow, After Decathlón, Past the circular Which is the Secónde, I’d rather go to Porto Than to Queluz… And then we pass the Estádio da Luz… And New Alvalade, or the 21… To the Monsanto…. Se não viesse o namorado ficava a perder Oportunidade memorável de nojo meter Só por Monsan

O Louco

Perguntais-me como me tornei um louco. Aconteceu assim: Um dia, muito antes de muitos deuses terem nascido, acordei de um sono profundo e descobri que todas as minhas máscaras haviam sido roubadas - as sete máscaras que criei e usei em sete vidas - (e) corri pelas ruas cheias de gente gritando "Ladrões, ladrões, os malditos ladrões!". Homens e mulheres riram-se de mim e algumas pessoas fugiram para dentro de suas casas com medo de mim. Quando cheguei ao mercado, um jovem que se encontrava de pé em cima do telhado de uma casa gritou "Ele é um louco!". Olhei para o confrontar; o sol beijou-me a face nua pela primeira vez. Pela primeira vez o sol beijou a minha face nua e a minha alma foi inflamada com amor pelo sol e não quis mais as minhas máscaras. Como que em transe, gritei "Abençoados, abençoados são os ladrões que me roubaram as máscaras.". E assim me tornei um louco. E encontrei tanto a liberdade da solidão como a segurança de ser entendido, pois aquel

O Canto do Vento

Ascolto ancora il vento che in disparte mi accarezza dimenticato pianto prigioniero della sera Pianto, dimenticato pianto prigioniero della sera un respiro sempre acceso seguo e cerco lentamente nel sospiro del destino VIVO PER TE, SOGNO DI TE CANTO DI TE NEL CIELO INCASTRATA TIMIDA STELLA MORENTE Di canzoni dimenticate dai tuoi occhi gia’ vissute ora vivo e mi consolo... vivo... Il mio tempo, nelle mani nel tuo viso il mio tormento il silenzio, il mio domani ancorato ad un momento VIVO PER TE, SOGNO DI TE CANTO DI TE NEL CIELO INCASTRATA TIMIDA STELLA MORENTE Vissuti dolcemente sogni di un’ eterna notte ora bruciano traditi dalle nostre memorie Lacrime, lacrime di rabbia nel mio cuore sempre accese parlano, parlano le onde di un porto ormai svanito VIVO PER TE, SOGNO DI TE CANTO DI TE NEL CIELO INCASTRATA TIMIDA STELLA MORENTE Il canto del Vento - Rhapsody of Fire

ASP

sou um copião... mas só copio coisas de qualidade... especialmente quando deparo com coisas que desconhecia e elas me marcam mais do que contaria. Dei com este video no blog da CATacumba, alguém que desconheço... uma música desconhecida de uma banda que não conhecia no blog de alguém que me era ignota... faz sentido.

Ah, Camões....!

Tanto de meu estado me acho incerto, Que em vivo ardor tremendo estou de frio; Sem causa, justamente choro e rio, O mundo todo abarco e nada aperto. É tudo quanto sinto, um desconcerto; Da alma um fogo me sai, da vista um rio; Agora espero, agora desconfio, Agora desvario, agora acerto. Estando em terra, chego ao Céu voando; Numa hora acho mil anos, e é jeito Que em mil anos não posso achar uma hora. Se me pergunta alguém por que assim ando, Respondo que não sei; porém suspeito Que só porque vos vi, minha Senhora. Saudades do meu Português.......... Nada mais no meu céu além de uma nuvem branca.

Samhain

É no Samhain que se recordam os caídos, os que tomaram a derradeira decisão de seguir a Luz ou de tentar de novo conhecê-la... No Samhain comem-se maçãs.... No Samhain pedem-se bençãos e protecção aos que partindo nunca partem e se aplacam iras dos que nunca tendo partido não o tencionam fazer... No Samhain perde-se a Luz e agradecemos por ela ter existido. No Samhain recordamos que nada é eterno, mas sim cíclico... No Samhain sorrimos com a esperança da promessa do nosso regresso à Luz ou do regresso da nossa Luz..... No Samhain, as dualidades, as polaridades e os extremos convergem no equilíbrio pacificador.... No Samhain, começa o Reino incontestável da Senhora..... No Samhain, tomba finalmente o Rei Veado..... Como reduzir tudo a uma fantasia numa noite de Outono?

Interpretem como quiserem

O Homem do Leme Sozinho na noite Um barco ruma, para onde vai? Uma luz no escuro Brilha a direito, ofusca as demais... E mais que uma onda, mais que uma maré, Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé, Mas vogando á vontade, rompendo a saudade Vai quem já nada teme, vai o homem do leme... E uma vontade de rir Nasce no fundo do ser... E uma vontade de ir Correr o mundo e partir A vida é sempre a perder... No fundo do mar Jazem os outros, os que lá ficaram. Em dias cinzentos Descanso eterno lá encontraram... E mais que uma onda, mais que uma maré Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé Mas vogando á vontade, rompendo a saudade Vai quem já nada teme, vai o homem do leme E uma vontade de rir Nasce no fundo do ser E uma vontade de ir Correr o mundo e partir A vida é sempre a perder. E uma vontade de ir Correr o mundo e partir A vida é sempre a perder. Xutos e Pontapés - O Homem do Leme
Admito, tenho andado para a frente e para trás, asas presas ao corpo, na minha Torre a pensar no que faça ou deva fazer... Qual a melhor forma de encerrar um capítulo... Devo fazer, como fiz anteriormente, um resumo do que se passou? Devo tentar explicações e teorias mais ou menos complexas que evidenciem causas, efeitos, razões e motivos de tal; ou por outro lado, devo antes fingir que todos os passos que dei não deixaram a marca que deixaram e prestar mais atenção aos passos que me esperam e que darei... Deverei referir e explanar detalhadamente a quem pensa ser necessária uma explicação - em nome do que se passou - o que se passou; ou por outro lado, deverei apenas manter o nome no meu Índex como tantos outros nomes que se quedaram pelo Índex sem explicações nem razões apontadas...? Não desejo discutir a validade do direito de explicação de quem me exige uma explicação e já me julgou sem uma por eu não ter estado nem disposto nem preparado para dá-la quando ma exigiu.... Não desejo

There's no winner at all

You don’t have to talk About the things we’ve gone through I know there’s no ease On our history We played all our cards The best that we knew how One more thing to say For this game to end… There’s no winner at all, No player could have won… No way of victory Both for you or me. I held you in my arms Long as you belonged there. Started to make plans, Growing up as man, Picturing a home, Forgetting about myself, Hence, I was fool For I am but a ghoul. So I woke up for nights, The future thus revised And recalling of me I had to be clear… There’s no winner at all Since I too had to fall So did I feel the rain And drowned in my pain… The difference as it is That keeps parting me from you I rose from my grave Tried to keep me safe… And I must admit A part of me still misses you But now all we gave Is gone and lost in fade… And time will prove me right When our lives head to light It will be left to show How much we’ve truly grown. For you’ll too play again, Be happy in the end, With someo

A uns multimédicos:

Para quem percebe mesmo ou quer re-aprender alemão, temos a tira de cima, para a restante equipa temos as restantes tiras.

Torre

Sentei-me junto à janela virada a poente encostando o meu antebraço ao frio vidro e a minha cabeça ao meu braço... Lá fora, um tempestade apocalíptica varre os céus com fulgorosos relâmpagos e com chuvas tão fortes que quase parece que o Pai dos Judeus ensaia novo dilúvio... Dentro da minha Torre, a minha mente deambula entre o pouco que tenho de meu e o muito que me têm pedido. Sou imune à intempérie exterior. Viro-me para dentro... de onde estou, admiro novamente a minha construção... Quase orgulhoso, não fosse o orgulho um sentimento humano, da fortaleza que criei para mim para tempos como este. Os lençóis da minha cama encontram-se desalinhados pelas noites de insónia... a minha secretária vazia do tempo que tem passado sem ser usada... Afastei a mesa do seu costumeiro local e abro a pesada portinhola que me permite a passagem para o nível inferior. Depois da descida em pulo, aproximo-me a medo do meu Índex... Olho os meus antebraços e toco nos áureos grilhões quebrados... por mome
Sabem os Deuses o quão pouco tenho escrito e quanto me arrelia este ócio literário a que me dedico paradoxalmente... O facto é que estou de férias sem férias. Digo isto não por que tenha um emprego ou um trabalho - a menos que se considere "tomar conta do puto" sem remuneração um emprego - mas porque não tenho um. Contraditório? Ok, eu explico. Até agora, em qualquer formulário ou questionário que me pedissem para preencher, na secção de "profissão", colocava alegremente e sem hesitar "estudante". Agora que me vejo sem o estatuto de estudante por já ter estudado não o suficiente mas o bastante para mim, por agora, dou comigo preso na insustentável leveza da nulidade. Não tenho escrito de todo, mas se há altura na minha vida em que a auto-disciplina vai ser necessária, penso que essa altura é agora. Não quero ser como tantas outras alminhas por aí que mal se apanham com o "dr." à frente se tomam pelos maiorais e se esquecem que a nossa língua, o u

Frozen

Não consigo sentir os meus sentidos... Já só sinto o frio... Todas as cores parecem desvanecer-se.. Não chego à minha alma. Pararia de correr, Se soubesse haver uma hipótese Dilacera-me sacrificar tudo Mas vejo-me obrigado a desistir Dizes-me que estou gelado, mas que posso eu fazer? Não te posso dizer as razões, eu fi-lo por ti Quando as mentiras se tornam verdades, Eu sacrifiquei-me por ti. Dizes que estou gelado.... Mas que posso eu fazer? Sinto a tua dor... Não me perdoarás, Mas eu sei que ficarás bem. Dilacera-me que nunca venhas a saber, Mas tenho de te deixar... Dizes-me que estou gelado, mas que posso eu fazer? Não te posso dizer as razões, eu fi-lo por ti Quando as mentiras se tornam verdades, Eu sacrifiquei-me por ti. Dizes que estou gelado.... Mas que posso eu fazer? Tudo desaparecerá, Pedaços desfeitos ficarão, Quando as memórias se desvanecem no vazio... Só o tempo o dirá Se terá tudo sido em vão...... Não consigo sentir os meus sentidos... Já só sinto o frio... Gelado...

O original é sempre melhor?

Gary Moore E eu a pensar que o Tuomas era um génio daqueles quando reparo que houve uma brutal colagem neste génio que me era desconhecido... dispensável e lamentável. Compare-se: Nightwish O que vale é que a voz da Tarja dava outra alma...

Nightwish no seu melhor, com toda a razão....

Finally the hills are without eyes They are tired of painting a dead man's face red With their own blood They used to love having so much to lose Blink your eyes just once and see everything in ruins Did you ever hear what I told you? Did you ever read what I wrote you? Did you ever listen to what we played? Did you ever let in what the world said? Did we get this far just to feel your hate? Did we play to become only pawns in the game? How blind can you be, don't you see? You chose the wrong road, but we'll be waiting Bye bye, beautiful... Jacob's ghost for the girl in white Blindfold for the blinded Siblings walking the dying earth Noose around a choking heart Eternity torn apart So toll now the funeral bells "I need to die to feel alive” Did you ever hear what I told you? Did you ever read what I wrote you? Did you ever listen to what we played? Did you ever let in what the world said? Did we get this far just to feel your hate? Did we play to become only pawns

O inferno por um miúdo de 6 anos

"O Inferno é um lugar quentinho e engraçado onde está muita gente com boas intenções. Disseram-me que no Inferno está cheio de gente má, mas eu acho que nem só de gente má está o Inferno cheio porque ainda há muita gente má na Terra e o Inferno não é tão pequeno quanto isso. Também acho que há muita pessoa boa lá. Acho que as pessoas boas que estão no inferno são cegas porque no Inferno estão pessoas que não sabem que estão lá até levarem a prrimeira facada. No Inferno, as pessoas não pensam muito, fazem aquilo que lhes foi mandado fazer para o resto da eternidade e confundem muitas coisas. Por exemplo, dizem que outras pessoas confundem a vida na Terra com o Inferno mas confundem elas próprias a vida na Terra com o Inferno. No Inferno há só uma pessoa a mandar. Disseram-me que se chama demónio, mas eu acho que tem muitos nomes... Também me disseram que tem muitas caras e age de muitas maneiras diferentes, mas eu acho que por muitas caras que tenha é sempre a mesma pessoa por trás
Estava eu no banho hoje e ocorreu-me uma ideia genial que, nach meine meinung , irá revolucionar completamente o panorama musical português. Antes de vos dizer em que constituia a ideia, vou explicar-vos como surgiu... Ora portantos, eu estava no duche, como sempre, a cantarolar um solidó de Moonspell enquando me ensaboava e, eis senão quando, reparo numa enorme espinha algures na minha anatomia. Não vos explicitarei onde a encontrei, mas chegarão lá com certeza depois do seguinte: de quem é que eu me lembrei logo imediatamente, embalado que estava pela melodia do Finisterra , ao olhar para aquele pequeno invólucro de pus sob a minha pele naquela zona específica? Obviamente, Sam, The Kid...! E então lembro-me de letras como "não percebes o hip-hop" e "querem ser os Moonspell,/ querem novos horizontes,/ mas aqui o Samuel/ é Madredeus, é Dulce Pontes". Empurrado no train of thoughts , ou no caso, avalanche de pensamentos, recordo logo em seguida a actuação dos reis do
Sometimes, I get tired of this me first attitude. You are the one thing that keeps me smiling, That's why I'm always wishing hard for you. 'Cause your life shines so bright I don't feel no solitude.. You are my first star at night, I'd be lost in space without you. And I will never lose my faith in you. How will I ever get to heaven, if I do? Feels just so fine When we touch the sky, me and you, This is my idea of heaven, Why can't it always be so good? But it's alright, I know you're out there Doing what you've gotta do... You are my soul satellite I'd be lost in space without you. And I will never lose my faith in you. How will I ever get to heaven, if I do? _____________________Lighthouse family - Lost in space__ Eu sei que estás ocupada, mas das muitas coisas de que gosto e me ocupam a vida a mim, tu estás acima de todas. Não temas... eu sou paciente... sei esperar, apesar de só fazer tudo à última da hora.
Eu corro. Sei que corro e não corro sozinho. Ela vem comigo e quem ela é, talvez por não importar, não sei. Não começa tudo imediatamente com a corrida, perdão, a fuga... Isto é um início in media res; guisa clássica. Corremos por becos e vielas porque ela... ele... id(?)... vem atrás de nós... de mim? Se ela vem comigo, de nós. Entenda-se, ela não me é nada. Ab initio, é apenas importante para mim na medida em que deva (de alguma forma) lhe perservar a saúde contra algo que, inconscientemente, tenho a certeza ser uma ameaça... Acordar numa caserna, leia-se casa de cidade num século passado mas anterior ao décimo oitavo, com uma candeia que se apaga e uma voz que me agita os ombros em desespero, não é de todo agradável quando já nos esquecemos como me esqueci que todos os tempos são perenes e simultâneos. Ela diz-me: "( algo imperceptível ) vem aí..... Acorda... ( algo imperceptível ) ouviu-te e vem aí!" Eu sento-me na cama sem tempo para ficar estremunhado, como agora é meu
Há uns anos construí esta torre. Na altura em que depositei a última pedra, disse-me quem de direito: - Se te fechares na torre não aprendes mais do que o que já sabes... Ao que eu respondi: - O que eu sei basta-me para viver o resto da minha vida sem quezílias e com as minhas necessidades plenamente preenchidas. Não é esse o objectivo último de todo o conhecimento? Uma nova voz surgiu tímida e receosa, porém tão familiar que quase a confundi com a minha própria: - Não achas que sabes ainda pouco? Claro que sabes o suficiente para os outros, mas... e para ti? Enquanto olhava à minha volta procurando a nova voz respondi: - Tenho para mim tudo o que preciso, agora. Não fingirei saber mais do que sei para mim próprio pois sei ser impossível enganar-me arrogando saberes que não possuo. - Sabemos bem que não és tão tolo que te afirmes algo que não és - surgiu uma outra voz, luminosa, portentosa, esmagadora e ainda assim protectora - do pouco que sabes do mundo e de nós, aprendeste que tudo

S. Valentim

E não, não me refiro ao Loureiro... ~ Eu ia dissertar acerca das várias razões pelas quais detesto este dia enquanto instituído pela sociedade como dia dos namorados... A pedido da minha, não o farei. Em vez disso ficará apenas este pequeno apontamento o qual, apesar do pedido dela, se me apresenta como imperativo categoricamente à minha pessoa. Dito isto, só me ocorre uma mensagem especial: AMO-TE MUITO... TODOS OS DIAS!

Hotel California

Soubera eu o que sei hoje e faria tudo da mesma maneira... Esta é uma atitude sábia e consciente face à vida, no seu final... Infelizmente, é-me practicamente impossível ter esta atitude neste meu estado actual. Parvoíce a minha, meu jovem, não me apresentei. Não adianta de nada saber o meu nome, toda a gente que pudesse conhecê-lo já o esqueceu... e em boa verdade até eu próprio, se não o tivesse assinado tantas vezes naquele livro negro, já o teria esquecido... Pediu-me que lhe contasse o que faço aqui? Ora bem, para tal, convinha-lhe saber que já tive algum dinheiro até deixar de o ter, não por o gastar ou desperdiçar, mas apenas por, tal como com o meu nome, deixar de achar utilidade para ele. Sou Nova Iorquino. Toda a minha vida foi vivida entre Newark e o Maine, onde vim a ser advogado. Nunca me casei, nunca tive filhos e não fosse a minha vida à noite correndo de bar em bar, pouca sorte teria com as mulheres.... Acha-me bem-parecido? Gentileza a sua, por certo. Mas não era o meu