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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2009

Standing When All Tumble

Os humanos têm a particularidade elementar de nunca dizerem exactamente aquilo que querem dizer... Nunca dizem o que pensam, quando pensam e suponho que não se dêem sequer ao trabalho de pensar no porquê de fazerem isto... Talvez, se se dessem ao trabalho de pensarem nas razões de fazerem o que fazem.... Humanos.... Nova visita ao mercado. A besta deixou de ser a besta.... Os novos habitantes da cidade admiram-se por os membros da corte reconhecerem a criatura estranha que se apresenta diante deles... A mim, a criatura estranha, já nada me surpreende. Não me surpreendem os olhares de ódio do barão que tomou o altar e o poder sobre a cidade, na minha ausência, por eu não estar lá... Não me surpreendem os olhos suplicantes que volte e que os salve do despotismo e nepotismo idiota em que a classe dirigente caiu. Eu olho-os... "Não era esse o vosso salvador? Considerem-se devidamente salvos.". Não cedi aos pedidos daquelas almas que se mantiveram ao meu lado e que lamentaram a mi

Love

Susie: Ei, Calvin! Estamos perto de um matadouro ou esqueceste-te do desodorizante? Calvin: Vai morrer longe, Susie! És tão feia que ouvi dizer que a tua mãe te enfia um saco na cabeça antes de te dar o beijo de boa noite! Somos uns desavergonhados a namoriscar! Calvin: Como é apaixonarmo-nos? Hobbes: Digamos que o objecto da tua afeição passa por ti... Calvin: Sim? Hobbes: Primeiro o teu coração cai no teu estômago e salpica-te as entranhas. Toda essa humidade faz-te suar profusamente. A condensação faz curto-circuito com o teu cérebro deixando-te todo assarapantado. Quando o cérebro cede completamente ficas de queixo caído a balbuciar como um tolinho até ela se ir embora. Calvin: O amor é isso ?! Hobbes: Cientificamente falando.... Calvin: Isso aconteceu-me uma vez, mas pensei que fosse urticária!! Calvin and Hobbes by Bill Watterson
Subi de novo ao topo da minha torre... Céu limpo. A lua cheia brilhando alva fazia-se reflectir no lago, impondo-se na paisagem. Iluminando cada erva, junto ao mercado da cidade, ao longe... Para onde quer que olhasse, na abóbada celeste, estrelas cadentes e flamejantes percorriam a estrada de santiago de ponta a ponta sem o mais pequeno impedimento à vista... Abri as asas à noite esperando o vento ou o frio nocturno que me permitisse augurar para onde, a distância a que.... Nem a mais pequena brisa. Ainda que alado, se me projectasse das borda desta minha torre profana não conseguiria voar. Estou preso na torre que criei. Caminho para um lado e para o outro, fazendo silvar a cauda contra a laje. Estalando a pele das asas com um bater repentino. Sentindo a minha torre fria, estéril, solitária e triste sob as minhas garras... Desço aos meus aposentos. Abro o Index... Ensaio uma e outra leitura até que a noite me parece eterna e cada bater de asas de uma ou outra borboleta surge vagaroso