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Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2007

1º. aniversário

É um facto!... A custo ou não, este vosso amigo que poucas coisas tem como duradouras conseguiu manter esta torre de pé ao longo de pelo menos 1 ano! Eu sei que parece pouco, mas para mim, desorganizado e abandalhado como sou, acreditem, tem sido um esforço, mas também um prazer... Muito obrigado a todos os que vão lendo e comentando aqui e ali, a verdade é que não é só para ficar de bem com a minha consciência que escrevo... Também é para vos agradar. Um grande abraço a todos e preparem-se que pró ano o texto de aniversário vai ter o dobro da lamechice deste.

Mid-Autumn Night Sabbat

Cantam as bruxas, cantam as feiticeiras, No meio das florestas, nas clareiras... E entre as montanhas, nas sombras do vale, Junto às fogueiras, não há quem as cale. Sempre a girar, sempre a bailar, Sempre a cantar e a dançar... Sempre a girar, sempre a dançar... Um felicíssimo Samhain a todos os meus leitores, são os votos de uma velha gárgula pagã que começa a ver os costumes antigos serem retomados.
Há dias ia eu muito sossegado pelas ruas do mercado, alheio a bancas e a vendilhões e reparei numa jovem que tenho ensinado a voar acompanhada de duas outras, uma que se recusava terminantemente a aprender, outra que, em tendo aprendido e em lhe faltando o vento, despenhou-se partindo as asas e perdendo o gosto pelo vôo. Com algum propósito oculto, ou não, a jovem que se recusa a aprender a voar debandou e a minha aprendiz de vôo vendo-se incapaz ou sem vontade de auxiliar a caída na cura aproveitou que a primeira saíra e decretou o acompanhamento da dita. Tendo ficado a sós com a jovem que em vão tentava aparentar umas asas abertas e orgulhosas, sorri-lhe... Não era a primeira criatura a quem tentava auxiliar depois de uma queda desastrosa. Ao que me constou depois de lhe ter perguntado que quão alto havia sido o tombo, desde então mantinha-se rente ao solo. As asas estavam quebradas em várias articulações e mesmo perfuradas. - Não podes contar sempre com o vento... planar, por vezes,

(...)

Deixei o palacete para trás... A noite aconchega-me as asas negras com as suas. Os pêlos da nuca, com o frio e o vento eriçados, amansam à força das gotas de chuva que os alagam, chuva que me encharca o cabelo; vento que me fustiga as asas fazendo-me pairar quando os meus olhos e coração querem seguir em frente limpar da superfície da terra as criaturas responsáveis por tão hediondo acto... Os relâmpagos alumiam-me a face e incandeiam-me obrigando-me a parar o bater de asas. Tornam mais perceptível a minha obscura presença no atro céu aos aldeãos no chão, para quem possivelmente eu sou o responsável por semelhante intempérie. Eu sei que a responsabilidade não é minha pela tempestade que tenta em vão lavar-me a alma da mancha negra que a vai corroendo agora que apagada está a sua luz. Se fosse de minha autoria abriria fendas sobre o solo, fulminaria com precisão inumana não só o corpo mas o próprio espírito daquelas criaturas que respiram o meu ar... A minha espada, de presa que está à