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Mensagens

A mostrar mensagens de 2007

It's christmas all over again..

Sabem os Deuses porque cargas de água não escrevo nada há mais de mês... Sabem os Deuses que queria ter escrito algo antes mesmo do fim de ano e que abominaria passar o ano sem me dirigir às numerosas hostes de leitores sedentos do meu blog com mais um pedaço precioso da minha doutrina. Eu digo sabem os Deuses porque eu não sei... Há dias encontrei um velho conhecido no autocarro. Um jovem com quem me vou encontrando de tempos em tempos e que me conheceu antes de as minhas asas se abrirem pela primeira vez. Alguém que me tem referenciado na sua lista pessoal como "gajo completamente marado"; sendo que essa referência me fazia juz e não vendo motivo para a alterar, comporto-me em conformidade com as expectativas predefenidas por tal. Assim sendo, ele entrou no autocarro. Fechado no seu pequeno mundo privado, obrigou-me a apresentar-lhe a minha mão antes que ele desse pela minha presença (às vezes, esforço-me tanto por parecer invisível que consigo mesmo). Conversa de autocarro
Não sei porquê ainda muita gente me confunde com um anjo... Não o sou, não me lembro de alguma vez o ter sido, duvido que alguma vez me torne algum. As minhas asas não são as aberrantes asas com penas dos anjos, a imitarem as pombas. As minhas asas têm apenas pele desnuda, compostas de membranas interdigitais extra-alongadas de forma a produzir alguma resistência ao vento... A minha cauda, o leme do meu vôo, não é mais que o prolongamento de um cóccis sobredesenvolvido... As minhas armações, marcas que fazem com que me identifiquem tantas vezes com um demónio mesmo de asas apertadas contra o corpo, são tão vulgares quantas as de qualquer homem. Não vos chocais, leitores. Todos os homens têm a parte supra-orbital com proturberâncias ósseas mais densas que os distinguem das mulheres, nas quais tais proturberâncias não existem. Acerca da minha longa longevidade... esta é a maior ilusão. Eu apenas somo todas as vidas que já vivi, num cálculo aproximado, e chego a uma conclusiva e vetusta i

Terreno solitário

Viver em locais diferentes, Evadir-me para vários espaços. A minha bússola partiu-se E perco o sentido... Uma loucura longa que me apartou... Em mim, ainda há um lugar Que me preenche, Um santuário interior A que chamo casa, Para onde corro Quando o Inverno cai. Se eu tentar, posso encontar terreno seguro... Sigo por caminhos ilusórios, Oh, parecem inscritos na pedra. E a porta para uma nova vida Está a fechar-se tão depressa... Queimar as pontes não me trará de volta... Eu sei que em mim Ainda há um lugar Que me preenche, Um santuário interior A que chamo casa, Para onde corro Quando o Inverno cai. Se eu tentar Encontrarei terreno sólido? Ou estarei apenas a desperdiçar tempo? Epica - Solitary ground

1º. aniversário

É um facto!... A custo ou não, este vosso amigo que poucas coisas tem como duradouras conseguiu manter esta torre de pé ao longo de pelo menos 1 ano! Eu sei que parece pouco, mas para mim, desorganizado e abandalhado como sou, acreditem, tem sido um esforço, mas também um prazer... Muito obrigado a todos os que vão lendo e comentando aqui e ali, a verdade é que não é só para ficar de bem com a minha consciência que escrevo... Também é para vos agradar. Um grande abraço a todos e preparem-se que pró ano o texto de aniversário vai ter o dobro da lamechice deste.

Mid-Autumn Night Sabbat

Cantam as bruxas, cantam as feiticeiras, No meio das florestas, nas clareiras... E entre as montanhas, nas sombras do vale, Junto às fogueiras, não há quem as cale. Sempre a girar, sempre a bailar, Sempre a cantar e a dançar... Sempre a girar, sempre a dançar... Um felicíssimo Samhain a todos os meus leitores, são os votos de uma velha gárgula pagã que começa a ver os costumes antigos serem retomados.
Há dias ia eu muito sossegado pelas ruas do mercado, alheio a bancas e a vendilhões e reparei numa jovem que tenho ensinado a voar acompanhada de duas outras, uma que se recusava terminantemente a aprender, outra que, em tendo aprendido e em lhe faltando o vento, despenhou-se partindo as asas e perdendo o gosto pelo vôo. Com algum propósito oculto, ou não, a jovem que se recusa a aprender a voar debandou e a minha aprendiz de vôo vendo-se incapaz ou sem vontade de auxiliar a caída na cura aproveitou que a primeira saíra e decretou o acompanhamento da dita. Tendo ficado a sós com a jovem que em vão tentava aparentar umas asas abertas e orgulhosas, sorri-lhe... Não era a primeira criatura a quem tentava auxiliar depois de uma queda desastrosa. Ao que me constou depois de lhe ter perguntado que quão alto havia sido o tombo, desde então mantinha-se rente ao solo. As asas estavam quebradas em várias articulações e mesmo perfuradas. - Não podes contar sempre com o vento... planar, por vezes,

(...)

Deixei o palacete para trás... A noite aconchega-me as asas negras com as suas. Os pêlos da nuca, com o frio e o vento eriçados, amansam à força das gotas de chuva que os alagam, chuva que me encharca o cabelo; vento que me fustiga as asas fazendo-me pairar quando os meus olhos e coração querem seguir em frente limpar da superfície da terra as criaturas responsáveis por tão hediondo acto... Os relâmpagos alumiam-me a face e incandeiam-me obrigando-me a parar o bater de asas. Tornam mais perceptível a minha obscura presença no atro céu aos aldeãos no chão, para quem possivelmente eu sou o responsável por semelhante intempérie. Eu sei que a responsabilidade não é minha pela tempestade que tenta em vão lavar-me a alma da mancha negra que a vai corroendo agora que apagada está a sua luz. Se fosse de minha autoria abriria fendas sobre o solo, fulminaria com precisão inumana não só o corpo mas o próprio espírito daquelas criaturas que respiram o meu ar... A minha espada, de presa que está à

Remanescência

Há dias em que uma imagem me tem assombrado o espírito e se tem deliciado a impregnar-me o pensamento mais ocioso... Sou eu. Vejo-me. Vejo-me por trás de mim empurrando umas enormes portas obscuras num chão de mármore cinzento ou de uma qualquer pedra polida até espelhar... É um palácio. Um palácio nunca construído. Onírico. Quimérico. Não abstracto. É daqueles castelos, daqueles paaços que só têm existência possível em sonhos mesmo... Eu sou novo, mas não para os padrões comuns. Estou furioso e desesperado... Empurro as portas porque já lhes bati.. ouço além delas um lamento surdo e fundo que me impele e exorta na urgência. Saltei sobre elas com incomensurável raiva e ressaltei escorregando pelo pavimento vítreo. Agora empurro e as minhas garras não encontram ponto de apoio para basear o meu esforço e escorregam enquanto me tento esmagar contra aquelas gigantescas portas negras desenhadas em alto-relevo com imagens de demónios e anjos abraçando-se e digladiando-se. Eis-me, sob elas, s

Apontamentos de Metodologia do Ensino do Português

"A prof de M.E.P. é muito 80's... Tem as chamadas shoulder pads numa camisa, usa calças justas apesar de entradota na idade, não se importa de ninguém usar bandolete. Sinto-me mal por estar a falar mal da senhora que, apesar de parecer bronca, parece também ser boa senhora... Num gesto de simpatia catártica, vou começar a usar bandolete também... Talvez pegue moda e por alturas da Queima já toda a gente use bandolete!... Toda a gente menos os skinheads . Não os curto. Será que a prof é uma skin ? Não me parece... Ela usa bandolete e tudo!... Tenho é de deixar crescer o cabelo. Porque será que as minhocas não têm cabelo? As minhocas são como os skins ... São esquisitas. Será que a prof comeria uma minhoca se alguém lhe pagasse para o fazer? Ela não tem cara de quem faz coisas esquisitas por dinheiro... Nem cara nem idade!..."

"E o melhor do mundo são as crianças... a brincarem..."

No caso do meu primo, com o Grand Theft Auto San Andreas para a PS2... que mete seringas, preservativos, car jacking , droga, prostituição, lutas de gangs , e coisas assim.... Não, leitores, vocês tinham de ter visto os olhinhos daquela criança a brilharem só porque fui ao google pesquisar códigos para o dito jogo... Foi uma noite em que de 2 em 2 minutos o pequenito me pedia um código novo... Invulnerabilidade, acesso a um qualquer modelo de veículo de 2, 3, 4, ou sem rodas, possibilidade de os carros voarem, explodirem, contrariarem o efeito da gravidade em caso de choque ficando a pairar no nada celeste virtual, conduzirem jactos de combate, helicópteros militares, camiões-monstros... uma miríade de truques e dicas que permitem cortar os poucos elos que ainda vão ligando aquele universo ao real e que deixam o meu primito todo contente... e é ver o cachopo, controlando a sua personagem dizendo "olha, olha, olha agora! Vou rebentar-lhe com a cabeça!..." e, quando olho, vejo

Diálogo - 2 ideias

Sabem os caríssimos visitantes desta minha humilde torre o quanto eu gosto de música não tão apreciada por todos... Aqui há pouco tempo parei no sítio de uma amiga minha e ouvi algo que só ouço quando vou na máquina vermelha, mais depressa do que se voasse, ter com a minha Senhora. Lembrei-me então que sou ainda mais esquisito do que a larga maioria das pessoas que gostam de ouvir este tipo de música em particular.... E acrescentei-lhe um pequeno twist de gosto pessoal. Gosto muito da versão original.... Adoro esta:

Invasão!

Esta semana senti-me verdadeiramente impotente perante a enormidade de que fui vítima... Eram máquinas multicolores a assaltarem a minha ponte.... Povo que se juntava numa multidão comparável apenas à que levou à tragédia da Ponte das Barcas! O povo da cidade a inclinar-se sobre o rio para verem aviões a distinguirem-se uns dos outros por centésimos de segundos. Gente que queimava a pele ao sol para ver objectos voadores descreverem trajectórias descritas pelos próprios pilotos como pouco emocionantes, monótonas, pouco desafiantes para as suas capacidades.... Para o Inferno com eles! Eu vôo a cidade de lés a lés e amo-a vista de cima. Voar acima do rio sentindo a frescura das águas nas noites quentes de verão é sensação que nunca terão! Ver toda esta gente que se insulta, desbragada, nos transportes públicos e se abraça aos saltos no fim de um campeonato de futebol, esta gente que das inexpugnáveis muralhas da cidade velha se defendeu contra mouros e cristãos, que por franceses se mato

Perspectivas

Nunca me dei muito a futurologias... Se me dessem a possibilidade de ter o poder de conhecer o que o amanhã me reserva, declinaria o mais educadamente a oferta... o que toda a gente quer, saber do amanhã para mais facilmente poder furtar-se às agruras e armadilhas do destino. É coisa que não me atrai de todo. Digo isto agora... Passou-se o seguinte: Há uns anos, numa das minhas solitárias deambulações pelo mercado da cidade, um velho homem que me costumava acompanhar... Correcção,eu costumava acompanhá-lo a ele, por isso andava sempre sozinho porque não tinha quem me acompanhasse a mim. Esse velho homem olhou-me e viu que lhe olhava de baixo. Achou esquisito porque, apesar de não as ver, sabia que havia um par de asas sob as vestes que trazia. E ofereceu-me a possibilidade de ver o amanhã com a mesma lucidez e claridade com que se vê o ontem... "Porque o ontem e o amanhã são equidistantes do hoje... Hoje é a nossa mente, é uma ilha rodeada de tempo por todos os lados... Se fizeres

Um Ateniense

"O calor espanta tudo e todos... adormece. Entra-nos nos corpos, ocupa-nos os pulmões... Lentamente, apesar de tentar lutar contra a temperatura com o suor, vamos entrando numa espécie de estase, não êxtase, e deixando-nos desfalecer... As pernas bamboleantes... a respiração pesada... a boca seca e olhos límpidos implorantes de águas frescas e cristalinas que terminem a agonia. Não, já não querem água, já só pedem uma sombra... raios, não! o que o corpo pede é a frescura dos elísios, uma ribeira, colinas verdejantes cobertas de ulmeiros, brisas refrescantes, frutas doces... Chamada à realidade. Ao longe o Partenon arde... Treme e não cai com as ondas que Gaia reflecte de uma carruagem de Apolo mais quente que qualquer forja de Hefesto, o Deus-Zarolho... Somos mortais, ó Imortais!... Aplacai a vossa fúria contra nós que destruímos impiedosa e lentamente as vossas criações... Dai-nos a misericórcia que a raça humana nega à sua gente... Não? Mestre e Senhor dos Sete Mares, ó Poseidon

Deus

Nos tempos antigos, quando o primeiro movimento de fala me atravessou os lábios, eu subi à montanha sagrada e falei a Deus dizendo: “Senhor, eu sou o Vosso escravo. A Vossa vontade oculta é a minha lei e irei obedecer-Vos por toda a eternidade.”. Mas Deus não deu resposta e como uma poderosa tempestade passou por mim. E passados mil anos, subi de novo à montanha sagrada e de novo falei a Deus, dizendo: “Criador, eu sou a Vossa criação. Do barro me concebestes e a Vós devo tudo o que possuo.”. E Deus não deu resposta além de passar como milhares de rápidas asas. E passados mil anos trepei a montanha sagrada e falei de novo com Deus, dizendo: “Pai, eu sou o Vosso filho. Com piedade e amor me deste a vida e através do amor e da veneração herdarei o Vosso Reino.”. E Deus não deu resposta e como a bruma que cobre as distantes colinas, afastou-se. E passados mil anos escalei a montanha sagrada e de novo falei a Deus, dizendo: “Meu Deus, meu objectivo e minha concretização; eu sou o Vosso ont

1001 razões pelas quais sopa de gafanhotos sabe mal.

Agora que tenho a vossa atenção... Sim, fui fraco e vil e resolvi chamar-vos a atenção recorrendo a um intricado e complexo esquema invocando esse assunto pertinente e controverso na sociedade actual que é o sabor da sopa de gafanhotos. Mas deixemos de falar dos filhos do Toy. Por alturas da Páscoa armei-me em porco-badalhoco e desatei a parodiar ("gozar" é muito forte) essa época festiva e respectivo evento: o Êxodo. Acabei por ter, como castigo divino,uma real diarreia durante três dias... ou foi castigo divino, ou foi demasiada amêndoa de chocolate, agora também não me lembro... Sendo que já mereço outra lavagem ao intestino: Mete-se o castiço do Moisés a caminho do Egipto com a sua querida esposa a dar-lhe prà cabeça "porque ele devia ter virado à direita à saída da primeira duna" porque ele devia reabastecer os alforges com água para a viagem"; "porque ele devia parar para pedir indicações" ao que ele responde e cito: "Peço indicaç

Pela boca morre o peixe

Ok,vocês sabem que: 1 - eu adoro os gato fedorento; 2 - eles são 75% benfiquistas, facto que eu "desgosto", sendo que os restantes 25% é lagartice.... Conhecem o ditado do título? Poooois.... BAI BUSCÁ-LA!!!!

Eu sou apenas e só uma gárgula...

Sempre me orgulhei da pouca quantidade de amigos que trazia comigo. Digo que trazia comigo porque só tenho duas asas e se tenho amigos tento protegê-los sempre que posso debaixo delas... Eis a minha torre: É alta e não tem portas nem portões o que significa que cá dentro só entra quem eu carrego com as minhas asas cá para cima, ou quem por artes e ofícios com cordas consegue trepar a íngreme e lisa parede cinzenta. Para que possam vê-la como eu próprio a vejo por ser minha, descrevê-la-ei: temos duas janelas, viradas uma para norte e a outra para poente; as paredes estão forradas a livros em estantes, dicionários, enciclopédias, coisas que leio e que não leio quando me obrigo à reclusão; ao centro, uma pequena mesa na qual raramente cabem mais de três livros grandes ou dois convivas em conversa e riso; ali ao "canto" (a torre é redonda) fica a minha cama, num espaço desocupado de estantes; em cima da mesa tenho uma lamparina a óleo que uso para ler à noite; entre estantes, um

A pedido de muitas... meninas.

Para que não me acusem de desigualdade ou injustiça sexual, e dado a inesperada afluência de público feminino à minha modesta torre... (só há esta versão no you tube, mas também saiu em portugal uma semelhante, por isso...) aceitam-se sugestões para ocupar ainda mais este post... (II:Dragão Manco) ;b

A publicidade de hoje....

Há uns meses que me tem sido obrigado a dar testemunho de três meninas que me invadem a t.v. fazendo publicidade à netcabo deixando-me bastante constrangido... elas são jovens... giras... e muito, muito.... (pausa para tomar freio nas hormonas.... já está)interessantes. Depois de aparecerem todas molhadas com uma prancha de surf no meio e penduradas num helicóptero depois de um downhill brilhantemente executado por uns duplos, as meninas aparecem em negligés (não sei se se escreve assim, e pijamita na casa de um tipo a fazer "trim trim" acordando-o a meio da noite... é a gota de água para a paciência e submissão de um homem. Senão analisemos a questão e o dito spot ... Está um tipo na caminha, possivelmente depois de um cansativo dia de trabalho, aparenta ser solteiro ou divorciado e, dado o nível de arrumação da casa, podemos pressupor que é, portanto, gay. De repente, começa a ouvir um som vagamente semelhante a um telefone a tocar. Meio estremunhado, segue o som até à sal

O Tony Carreira é a 15ª encarnação de Buda

Passou a Páscoa e reparei que não parodiei suficientemente a época como estou apostado em tornar meu lema... Assim... Continuando na onda da provocação sem intenção de ofensa, e visto que já parodiei bastante o Natal cristão, sinto-me no dever (senão na obrigação) de dar um pouco de baile a essa bela época que é o Pessach. Consta, ou dizem as más línguas que Jesus, O Cristo, era Judeu. Que foi a Jerusalem porque Pessach's a sério não se festejam em qualquer rua de Belém, nem num barzito da Samaria, mas sim no Templo de Jerusalém. O que o povo Hebraico festeja na Pascoa é, sem mais nem para quê, a fuga ou libertação do seu povo das garras do tirânico faraó que os explorava à bruta, não chegando, às vezes, a pagar o subsídio de alimentação, as férias e o 13º mês (para terem uma ideia da cena)! É mais ou menos assim que eu vejo a situação: Como todo o bom filho de um capitalista e/ou rico industrial ligado à construção civíl, Moisés, o filho adoptado do Faraó, deu em comuna. O pa

A Balada do Caixão...

O meu vizinho é carpinteiro, Algibebe de Dona Morte, Ponteia e cose o dia inteiro, Fatos de pau de toda a sorte: Mogno, debruados de veludo, Flandres gentil, pinho do Norte... Ora eu que trago um sobretudo Que já me vai a aborrecer, Fui-me lá, ontem: (era Entrudo, Havia imenso que fazer...) - Olá, bom homem! quero um fato, Tem que me sirva? - Vamos ver... Olhou. mexeu na casa toda. - Eis aqui um bem barato. - Está na moda? - Está na moda. (Gostei e nem quis apreçá-lo: Muito justinho, pouca roda...) - Quando posso mandar vir buscá-lo? - Ao pôr-do-Sol. Vou dá-lo a ferro: (Pôs-se o homem a aplainá-lo...) Ó meus Amigos! salvo erro, Juro-o pela minha alma, pelo Céu: Nenhum de vós, ao meu enterro, Irá mais dândi, olhai! do que eu! Paris, 1891 Só - António Nobre

É o medo...

Espera pelo dia Vou deixá-lo sair. Dar-lhe uma razão, Dar-lhe o seu poder. Temo quem me estou a tornar, Sinto estar a perder a batalha em mim. Já não o posso conter, a minha força a desvanecer, Tenho de abdicar. É o medo Medo da escuridão Que cresce dentro de mim, Um dia ganhará vida. Tenho de salvar Salvar a minha amada, Não há fuga, Porque o meu destino É terror e perdição. Baixa os olhos, agora, Deixa-me passar. Não alimentes o meu medo, Se não queres que ele saia. Temo que me estou a tornar, Temo estar a perder a beleza interior. Já não o posso conter, Minha força a desvanecer, Tenho de abdicar. Há muito tempo veio a mim E desde então estive Infectado pela sua raiva Mas isso termina hoje... It's the fear - Within Temptation
Só tenho mais é que pedir desculpa e estar calado! Caríssimos Leitores, devido a problemas de índole familiar, foi-me vedado o acesso ao computador domiciliar para uso da internet, salvo casos de manifesta e extrema necessidade da mesma em trabalhos e pesquisas que possam surgir... Esta "pequena" intercalação vem pois impedir-me de manter a minha actividade de blogger com a frequência desejada... Para terdes uma ideia, este mísero pedido de desculpas está a ser redigido e emitido como fruto de uma afortunada brisa, resultante do esquecimento dos meus familiares na organização da artimanha que me impede de aceder ao dito computador mais a cómoda e muito útil ausência dos mesmos. Sem mais, tentarei continuar os meus posts de cuja falta já resultaram queixas dos meus estimados, redigindo-os e publicando-os na faculdade. De novo pedindo as mais sinceras desculpas... Dahnak, the Gargoyle.

British comedy

A prova mais contundente de que o humor Português é bastante mais brejeiro (e por isso melhor) do que o britânico é a seguinte piada em inglês: "What does one snowman say to another? '- Smells like carrot...' " que traduzida para português, sem qualquer tipo de trabalho extraordinário de adaptação, fica: "O que diz um boneco de neve ao outro? '- Cheira-me a cenoura...' ". 'Nuff said

O guerreiro Nobunaga

Há alguns séculos atrás, vivia no Japão um fabuloso guerreiro e comandante militar chamado Nobunaga, um samurai. Nobunaga tinha ganho uma enorme fama junto do Imperador que se demonstrava muitíssimo impressionado com os seus grandes feitos de guerra e vitórias bélicas, para grande contentamento do próprio e invejas egoístas de grande parte dos senhores da corte, isto porque era muitíssimo difícil cair nas boas graças do Senhor Imperial. Não podendo com intrigas manchar a reputação de tão valoroso guerreiro, decidiram juntar alguns dos seus exércitos e marchar sobre a província de Nobunaga incitando-o a uma batalha que ele perderia estando em clara inferioridade numérica. Para proteger as suas gentes, Nobunaga vestiu a sua armadura, montou o seu cavalo, reuniu o seu exército e foi ao encontro do inimigo sem hesitar... O problema é que o tamanho das hostes adversárias já tinha chegado aos ouvidos dos guerreiros ao serviço de Nobunaga e corria pelas fileiras que o seu líder estava a levá-
Eu tento, eu aviso, eu informo, eu insisto, eu chateio e relembro as vezes que é preciso.... Eu ajudo, eu explico, eu empurro, eu encorajo, eu animo, eu simpifico às vezes mais do que é preciso.... Eu não cobro absolutamente nada além de trabalho e reciprocidade no esforço...... Porque cargas de água não me chateiam, não me recordam, não me pedem, não me dizem, não me interpelam ou me falam de explicações de Latim? Eu avisei que não seria fácil.... eu informei da complexidade... eu insisti quando o pessoal se esqueceu, eu chateei quando o people não quis saber de Latim e relembrei quando ninguém queria ouvir falar mais nisso.... Eu ajudei o melhor que pude quem pude, expliquei a matéria a quem me pediu ajuda, encorajei os desesperados que ao verem o monstro que tinham pela frente quiseram desistir, animei-os quando os testes não saíram como queriam e tentei simplificar o mais possível alg que sem trabalho e esforço não se faz.... Peço desculpa a quem falhei, perdão a quem não percebeu