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Mensagens

A mostrar mensagens de 2006
Passou o Natal... Entre queixas e juras de vingança a esse grande pedófilo que é na verdade o Pai Natal, lá nos fomos lentamente deixando embriagar na modorra que é a espera pelo Ano Novo. Este Ano acabou com a minha tragédia a nível académico... Não foi propositado e quem me conhece sabe que dei mais do que o que estou habituado ou consigo mesmo dar normalmente... Fi-lo para não decepcionar ninguém, para não me decepcionar a mim, para continuar a ser o que era, para me manter o que era na mente das outras pessoas. Sento-me aqui, nesta sala obscura, Index aberto, lamparina acesa a consumir-me o oxigénio.... Lá fora não há fogueiras... Entre as palavras ditas, escritas, gastas pelos outros e as minhas vai o espaço estipulado entre aqueles que as percebem e as denunciam, as reformulam, as interpretam, e o que ocupo, tentando percebê-las e denunciá-las, reformulá-las, interpretá-las, percebê-las, tomá-las.... Percebê-las.... Tanto esforço, a concentração de quem quer ser mais do que um pa

Ressaca de Natal

É Natal, É Natal, rai's parta o Natal! Vendo bem as coisas, Jesus não nasceu a 25 de Dezembro... Terá nascido em Abril, altura em que muito mais licitamente (por causa do frio que há na Palestina em Dezembro) haveria pastores a apascentar gado caprino e ovino (nada contra) às horas da noite em que o menino saltou cá para fora da imaculada mãe (que deixou de o ser após o acto, pudera)... Em Abril, bastava perfeitamente uma vaca e um burro para aquecer o fedelho... Mas... Se tivesse nascido mesmo em Dezembro... Havia de ter sido bonito. Consta nas escrituras que os cuscos dos anjos desataram a esvoaçar em todas as direcções para espalhar a "boa nova do nascimento do Salvador" entre os pastores... o que está mal e comprova de novo todas as teorias sociais acerca desse grandioso fenómeno que é o boato: quem nasceu foi Jesus e eles andavam a espalhar que tinha sido um tal de Salvador... ' Tou mesmo a ver a cena... Temos o presépio, não é? A vaca e o burro, Nossa Senhora e

Capa e batina...

Devido à recente actuação da Tuna, tive de andar o dia inteiro trajado para evitar aquele meu apanágio de chegar sempre atrasado... Fui ao H.G.S.A., trajado, onde, depois de esperar hora e meia pela consulta, a médica me exclamou com um tom proverbial "pois é, você tem aqui uma auto-estrada!" referindo-se ao meu nariz enquanto que, com uma lampadinha e um instrumento próprio, me visturiava as fossas nasais... seria mais uma consulta de rotina e controlo, não estivesse eu trajado. À entrada olhou para mim com espanto e baixou os olhos antes que eu pudesse reparar em tal. Pôs as consultas feitas e as por fazer em ordem tentando olhar-me de soslaio e nos seus pensamentos corriam-lhe milhares de considerações enquanto compunha o planeamento.... "Temos doutor... da mula russa...". Eu estava demasiado perdido no interessantíssimo aparato de aparelhos e engenhocas de análise e prospecção médica para reparar nisso, obviamente. Sempre fui muito distraído!... Eventualmente e

De Silentio

Há silêncios que nos ferem mais que insultos, mais que insinuações, são silêncios estéreis... Vácuos como o espaço entre electrões. Na estação do Metro da Casa da Música , os Solitários inermes mutilam-se constantemente. A horas mortas , antes e pouco antes de chegarem os vivificantes, crescem angústias lentas... Lendárias supremacias que se auto-impõem ao nada vêm cair como avalancha para lá da linha amarela. Já para não falar do constante aviso, que do uso se tornou ignóbil, inútil, que rasga o céu da nulidade como um relâmpago.... mas afinal é mais do mesmo , mais de Nada.

E depois do Luna...

Sim, eu sei, há muita muita muita muita muita muita muita muita gente a postar esta cena nos seus respectivos blogs, também sei que a marijuana faz mal mas..... é grande moca!.... http://www.youtube.com/watch?v=_E2OTs_QS90 Pelos Deuses... P.S.: Caríssimos, está em forja uma imagem do puto do Noddy que eu nem vos digo nem vos conto... Que a Enid Blyton me perdoe.......

Da Neve...

Fui neste último fim-de-semana a Montalegre... Aproveitei um convite da vida e fui a um local onde nunca teria razões para ir senão por ela me lá levar. Sempre gostei de ser algo de intermédio entre o Peter Pan e um qualquer guru new-age que ninguém consegue entender... Este fim-de-semana, entre àrvores nuas aquecidas apenas pela neve que se acumulara nos seus ramos, dei por mim rodeado de um brando manto branco, espalhado à minha volta onde os meus pés se enterravam a cada passada deixando as marcas no caminho que trilhava, coisa que, inevitavelmente, não deixo de detestar. Num momento fez-se magia. Deixei de ser esta velha gárgula que vos escreve, caíram-me as asas, e aquele cenário que tantas vezes vira na televisão transformou-me num puto de dezena de anos a tentar manter o equilíbrio na neve dada a falta de raquetas e a atirar bolas de neve do tamanho da minha cabeça aos meus parceiros de viagem... parava para aquecer as mãos, feridas pelo frio, e sem demora voltava à carga em sal

Neo-Génesis

Nunca fui pessoa de magoar outrém por dá cá aquela palha... Esta é possivelmente, a entrada mais pessoal neste blog. À quantidade de comments que tenho tido apercebo-me que não é com um blog que vou fazer valer todos os meus sonhos de reconhecimento social e de fama, mas enfim, talvez seja melhor assim... Posso falar à vontade, nem que seja só comigo... Voltando ao início. Sou meio vampírico nas dores que provoco. não consigo deixar de provocar dor sem que prove, em raros mas longos sorvos, um pouco da mesma... Não gosto de, e talvez por isso o evite tanto, provocar qualquer tipo de dor a quem quer que seja. Aqui há coisa de três anos fui obrigado a provocar uma dor, que foi ripostada por uma dor pior, mas que soube a mel porque me permitiu alguma crueldade explosiva na dor que tinha a provocar... soube-me bem, basicamente. Permitiu-me um laivo de sorriso mórbido, sentir escuridão a pulsar em mim, a acumular-se, a gerar pressão sobre as minhas cordas vocais e a apertar-me o coração a u

Nemo

Este sou eu, para sempre Um dos perdidos.. Aquele sem nome, Coração franco como bússola. Este sou eu, para sempre, Um sem nome.. Estas linhas, a última busca Para encontrar a perdida linha de vida. Oh, como eu desejo A branda chuva, Tudo o que eu quero é sonhar de novo. Meu coração amante, perdido na escuridão, Pela esperança daria tudo de meu. Oh, como eu desejo A branda chuva, Tudo o que eu quero é sonhar de novo. De uma vez por todas E de todas por uma, Meu nome é Nemo para a eternidade... A minha flor presa entre As páginas 2 e 3, O desabrochar momentâneo e perene Desaparecido com os meus pecados. Caminhar a negra via, Dormir com anjos, Invocar a ajuda do passado. Toca-me com o teu Amor E revela-me o meu nome real........... Nemo - Nightwish

Do bem e do mal.

Einstein dizia, após muito estudar e rever que tudo é relativo. O tamanho, o peso, a velocidade, etc., é tão maior dependendo do nosso ponto de vista. Eu, do alto da minha nulidade sapiental, afirmo que não apenas o mensurável é relativo como também o abstracto. Qual a envergadura desta minha afirmação? Simples: Uma recusa do positivismo ateu, uma refutação do cristianismo, judaísmo e islamismo e uma prorrogativa moral liberal que permite a cada um ser como é preso, não a uma entidade superior, mas a sí próprio apenas. Pode haver quem veja nisto um manifesto anarquista ou nihilista, mas não desejo tal. Basicamente, parto de um pressuposto que afirma que, assim como há uma pluralidade imensa de culturas que se contradizem na acepção do bom e do mau, e sendo que todos os Deuses são equivalentes e tão mais fortes quanto a cultura que Lhes deu origem, os Deuses não podem ser permanentemente e absolutamente bons porque para o serem teriam de ser maus para os outros. Das grandes religiões qu

Caos

É o que governa tudo isto que por aqui passa... a regularidade dos posts é equivalente à regularidade com que duas gotas de chuva caem num mesmo ponto... assim é a minha mente, assim é o meu blog.

Ab Initio

Os que me conhecem, e são poucos, sabem mais ou menos como sou. Sou pessoa para citar Tolkienn num discurso público, sou pessoa para me calar quando se espera uma reacção. Sou pessoa para escrever mensagens com todos os caracteres e sou pessoa para escrever meias palavras cortando aos "e's" mudos. Sou pessoa capaz de fazer muito e com demasiada falta de disciplina para o fazer. sou pessoa para me destacar pela diferença e para fazer um blog sem motivo, apenas porque os outros também o fazem. Benvindos à minha torre. A torre é a carta XVI do arcano maior, simboliza perigos e problemas, ruína e desatinos vários a vários níveis... A gárgula é um animal alegadamente mitológico, é um demónio, é um ser muito esquisito que provoca discordância entre aqueles que o vão estudando. A única finalidade que mais ou menos se encontra em concordância, para além do escoamento de águas, é o da protecção das belíssimas catedrais em que se encontram... Tirem as elações que pensem necessárias