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Mensagens

A mostrar mensagens de dezembro, 2010

LOTR moment.

"It's like in the great stories, Mr. Frodo. The ones that really mattered. Full of darkness and danger they were. And sometimes you didn't want to know the end. Because how could the end be happy? How could the world go back to the way it was when so much bad had happened? But in the end, it's only a passing thing, this shadow. Even darkness must pass. A new day will come. And when the sun shines, it will shine out the clearer. Those were the stories that stayed with you. That meant something, even if you were too small to understand why. But I think, Mr. Frodo, I do understand. I know now. Folk in those stories had lots of chances of turning back, only they didn't. Because they were holding on to something... There's some good in this world, Mr. Frodo. And it's worth fighting for." Samwise Gamgee

Eu gosto muito do Sr. Engenheiro José Sócrates.

Ele há formas mais seguras de vos chamar à atenção, mas hoje deu-me para isto, pronto. Toda a gente sabe que matar focas bebé à paulada não é divertido... Dá uma trabalheira do catano porque o bicho é esquivo e escorrupicha muito sangue. Outra coisa que também não é divertida é limpar o traseiro a folhas de urtiga. Então como estão? É Natal novamente... Sentindo-me perfeitamente imbuído na beatitude consumista que viola o pessoal por estas alturas, e não tendo manifestamente pilim para mandar cantar um cego (infelizmente o Ray Charles cobra mais que certas meninas que fazem outras coisas com microfones), decidi voltar a tomar como tema para um post o das deambulações a atirar para o parvo. Ora estava o sacana do Moisés quilhado por o seu primo adoptado andar a malhar forte e feio nas tipas que eram dele, preocupadíssimo com a forma como haveria de dar uma overdose de Deus ao irmão para ele não se fazer mais tarde ao piso, e com uma forma simpática de mudar o estado civil rapida
Caminhava pelo mercado numa tarde fria, vendo os vendedores vendendo as suas mercadorias nas bancas cobertas por linhos de muitas cores e completamente fascinado pelo odor das frutas, pelo murmúrio indefinível resultante dos pregões e das disputas de negócio... Via as pessoas a irem umas contra as outras, empurrando-se mais por negligência do que por intenção, cada um no seu caminho pessoal. Nessa tarde reparei num homem. Comprava fruta a peso como as restantes pessoas. Mexia e remexia em tecidos que tencionava comprar... Olhava as pessoas como eu e escondia-se como eu, mas eu oculto-me por causa do meu aspecto e tenho mais sucesso que ele porque, apesar de se esconder, não se ocultava tanto quanto desejaria permitindo que qualquer pessoa lhe visse a cara. Isto fez-me pensar que o que ele ocultava não seria tanto o seu aspecto, mas algo de interior. Depois de o ver a pagar uma pulseira de um azul majestoso e afastar-se cauteloso da respectiva banca, aproximei-me cauteloso para que pe
Há um perigo que entra em todas as vidas as vidas com passos de lã... Um perigo silencioso, como um assassino, um mercenário que ataca sem dó, sem piedade, sem apelo, sem agravo, sem hipótese de discussão ou negociação... É um vazio. Aquele nada que rasteja, quue caminha pé ante pé, atrás de nós, incautos, e espera aquele momento em que tudo está bem para com um golpe único nos invadir... Insensata sensação de uma tristeza... Olhamos para nós, para o que temos, para tudo o que conseguimos e falta permanentemente algo. E, oh, insatisfeitos, agarramo-nos nós ao que temos? Não... Menosprezamos o que nos custou tanto a ter, tudo o que lutamos por conseguir, em troca de algo que em boa verdade nunca quisemos. Na outra noite, encontrava-me eu sentado no topo da minha torre pensando porque razão valeria a pena... Pensando em desbaratar tudo... Pensando em algo que não conseguia definir mas que sem dúvida me faltava. A princesa que amou o dragão sentou-se ao meu lado e perguntou-me o que se
Um punho na mesa. A lamparina com a luz bruxuleante de um pavio curto treme. Levanto-me e com o movimento ficam as pernas da cadeira de lado e as suas costas no chão. Ela olha-me nos olhos e eu olho os dela. Nos meus a dor, nos dela o medo, ou a indiferença, ou nenhum dos dois, ou a mistura de ambos. Olho-a nos olhos que tantas vezes vi cerrados e cerro de novo meu punho acertando em cheio no nó da tábua de madeira da mesa. A lamparina cai. A luz apaga-se. "Nunca ergueria a mão contra ti.". Viro as costas. A luz da lua faz as vezes da lamparina apagada. Aproximo-me da parede. Na escuridão, planto os nós dos meus dedos contra a superfície com mais força do que a dor me deveria permitir. Sinto-a ao meu lado e não a vejo. Sinto-a a chorar mas não a vejo. Ela abraça o meu braço e toca-me na mão húmida. Pele rompida. Sangue cobre-me os nós dos dedos. Silêncio. Ela acaricia-me a cara e segreda-me sem palavras que vai ficar, que está, tudo bem. Ouço-lhe as lágrimas que tocam o chão