Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2009

Dor - I

não procures as respostas que temes.... poderás encontrá-las e a dor  das repostas ocultas cegará mais que qualquer luz que as respostas poderiam trazer. maldita sede... maldita e descontente ignorância... ânsia de saber mais, de saber tudo, ao menos de saber com que contar.... saber porquês e comos saber quandos e detalhes vãos... coração insano que não medes quanto pedes. e que esperas que a dor não seja tão grande quanto a reconheces. Eu não pinto. Eu não crio. Eu não reproduzo e pouco de original tenho em mim...... Tenho apenas este meu carcereiro preso em mim, este algoz privativo que me atormenta.... Pobre gárgula, com devaneios insanos.
"After great pain a formal feeling comes-- The nerves sit ceremonious like tombs; The stiff Heart questions--was it He that bore? And yesterday--or centuries before? The feet, mechanical, go round A wooden way Of ground, or air, or ought, Regardless grown, A quartz contentment, like a stone. This is the hour of lead Remembered if outlived, As freezing persons recollect the snow-- First chill, then stupor, then the letting go." Emily Dickinson
"Love seeketh not itself to please, Nor for itself hath any care, But for another gives its ease, And builds a heaven in hell's despair." So sung a little Clod of Clay, Trodden with the cattle's feet, But a Pebble of the brook Warbled out these metres meet: "Love seeketh only Self to please, To bind another to its delight, Joys in another's loss of ease, And builds a hell in heaven's despite." William Blake

De tempore...

"If you give it time enough, everything ends, everything ceases to exist, everything goes over and out and out and over. With time enough everything fades, everything ruins, everything dilutes, everything is washed away and worn out... Time will always make things weaker, no matter what... it's up to us to keep whatever we want to keep safe and sound and strong the longer we can."

Nobre

E eu, que sempre aspirei ao alto, que sempre desejei o infinito... No amor e na guerra vale tudo, diz-se. Vale tomar praças de assalto e paços de cerco. Vale esperar que dentro das muralhas se acabem os víveres para que não o invasor mas a fome vença o invadido. Vale quebrar portões e desconjuntar barreiras a ariete. Vale tomar o rei inimigo pela espada e ocupar-lhe o trono e vale deixá-lo no trono, submisso ao vencedor do confronto... Há dias, ia eu pelo mercado, manto longo de capuz ocultando-me as feições e alguém me falou... Como é meu apanágio, por vezes mais regular do que desejaria, parei, voltei-me e reparei na criatura que me falava. Ela tinha-me puxado o manto que se mantivera preso e seguro, mas só agora reparava na mão dela, ainda presa no tecido para se assegurar que obtinha a minha atenção. Não tinha levado, por esquecimento ou por negligência, a máscara para a minha deambulação, por isso adaptei melhor o capuz para me esconder as feições e falei-lhe. "Que se passa
Não sei se prefiro esta versão ou a original, do Johny Cash... ainda assim, o espírito está lá... isso é que conta.

Diário - I

Nada do que me possa acontecer será mau. Pela graça dos Deuses, aprender até, e depois da, Morte. Uivos na noite. A minha mãe chama-me. Acolhe-me. De novo a noite é minha. De novo, só a noite é minha. De novo a Noite é só minha.... E de novo, eu sou da Noite. 28/10/2009 O que não tem remédio, remediado está... Discordo profundamente do dito. O ponto fulcral fundamenta-se no seguinte: se não cabe em ti nem nos outros a solução de um problema, seja ele qual for, então caberá ao Tempo. Ao inextinguível e impiedoso Tempo caberá a tarefa de solucionar e tornar em pó as montanhas do teu caminho. 29/10/2009 Às vezes, mais do que confiar que os outros não nos vão magoar com pensamentos, palavras ou actos, torna-se difícil acreditar que os seus pensamentos, palavras e actos não os vão magoar. É necessária uma grande fé, nas outras pessoas e em nós próprios, para confiar no discernimento deles e na nossa auto-estima. A fé nos outros permite-nos confiar e acreditar que não nos vão magoa
A verdade liberta-nos, de facto... A nossa intuição é a nossa melhor arma contra o inesperado. É claro que quando o que a nossa intuição nos diz algo demasiado doloroso, tememos aceitá-lo. Com o carácter incerto de tudo aquilo que não está confirmado, agarramo-nos a tudo e a qualquer coisa que possa contradizer o que a nossa intuição, dia após dia, nos vem gritando aos ouvidos. Então há a confirmação... Então abre-se o jogo e revela-se, confirma-se o que a intuição sempre nos disse.... Dói, mas... A verdade liberta-nos.