É Natal, É Natal, rai's parta o Natal!
Vendo bem as coisas, Jesus não nasceu a 25 de Dezembro... Terá nascido em Abril, altura em que muito mais licitamente (por causa do frio que há na Palestina em Dezembro) haveria pastores a apascentar gado caprino e ovino (nada contra) às horas da noite em que o menino saltou cá para fora da imaculada mãe (que deixou de o ser após o acto, pudera)... Em Abril, bastava perfeitamente uma vaca e um burro para aquecer o fedelho... Mas... Se tivesse nascido mesmo em Dezembro... Havia de ter sido bonito.
Consta nas escrituras que os cuscos dos anjos desataram a esvoaçar em todas as direcções para espalhar a "boa nova do nascimento do Salvador" entre os pastores... o que está mal e comprova de novo todas as teorias sociais acerca desse grandioso fenómeno que é o boato: quem nasceu foi Jesus e eles andavam a espalhar que tinha sido um tal de Salvador... '
Tou mesmo a ver a cena... Temos o presépio, não é? A vaca e o burro, Nossa Senhora e o Xô José (aquele "S." para designar santo pode ser confundido com um "Sr." de senhor) , certo? Acima do menino, um anjo a verificar se o Criador, depois de ter criado um Mundo, inundações, pragas faraónicas, ter aberto um mar ao meio e não sei que mais, ainda sabia fazer uma criança de jeito, hã? E uma catrafiada de anjos atrás dele a perguntar: "Então, Gabi, então? Está em modo?"
O Arcanjo Gabriel, depois de espreitar uma ou duas vezes enquanto Maria amamenta a criança, exclama para trás para os escorraçar: "CALEM-SE!... NASCEU O SALVADOR!". resultado imediato: caos generalizado... "Pronto... Já deu merda outra vez! Então não era para ser Jesus?" comenta um querubim que como resposta obtém apenas uma outra voz (não menos parva) que lhe diz: "Cala-te! O Chefe é que sabe. Se quer chamar Salvador ao puto, que o chame! Ao menos sempre é melhor que Adão!". O resto da história, já se sabe... a notícia corre de boca em boca, de anjo para pastor até que chega à zona actualmente conhecida como Irão (lar de três magos que por serem muito bons a olhar para as estrelas e a cheirarem incenso, se julgavam os reis daquela merda toda).
"Não sei quê..... nascimento do Rei dos Judeus.... a mãe era virgem... anunciado por anjos aos povos da Terra!... Foda-se! Ó Gaspar, ainda te achas um rei? Rei é este puto, man!" (pequena simulação do que terá o Baltazar dito ao ler nos astros o anúncio do nascimento de Jesus).
O Melchior aproxima-se e manda valente testo na pinha do Baltazar: "És mesmo estúpido, pá! É o nascimento do Rei do Judeus, Jesus, O Salvador, pá! Não vês ali o cometa a dizer Jesus, a vírgula e o artigo definido masculino singular em maiúscula como indicador que é mesmo O Salvador e não outro Salvador qualquer?".
Nisto, os tipos já com os olhos vidrados põem-se a olhar para o céu e vêem uma estrela em movimento... Real moca! Sinal de Deus para irem ter com o miúdo e adorá-lo convenientemente, ou assim pensaram. Azar dos azares, as mães deles educaram-nos de forma a que, fossem a casa de quem fossem, levarem sempre qualquer coisa.... uma garrafa de vinho, um bolo em forma de donut com frutas cristalizadas por fora e frutos secos por dentro, ou qualquer outra coisa que tivessem à mão. Já estava o "Barbas" (como Baltazar era tratado pelos amigos) a arregaçar as mangas para fazer o tal bolo (especialidade dele) e cai-lhe nova foeirada na caixa dos pirolitos* (*cabeça). "Não há tempo para isso parvalhão, pega numa merda qualquer que tenhas praí e traz!" berra-lhe carinhosamente Melchior aos ouvidos... O Gaspar, como já estava "com a mão na massa" trouxe uns restitos de incenso (alegadamente era para o miúdo, mas veio a fum... cheirá-los todo o caminho). Melchior, levou a mão ao bolso e viu que tinha lá uns trocos em moedas de ouro, "Vamos embora a ver se passamos por um Pingo Doce ou coisa que o valha, para comprar um Action Man para o miúdo.... Eles nesta idade não dão valor nenhum ao dinheiro, querem é brinquedos!". O Baltazar, que se estava a perfumar com alguma mirra, "já que iam estar com o Salvador", sentiu de novo o seu couro cabeludo massajado ao de leve pela possante e pesada mão do Melchior com o habitual "Despacha-te, c*r*lh*! És pior que as mulheres!" de sempre que tinham de sair. E escusado será dizer que àquelas horas não encontraram nenhum Pingo Doce aberto.
Só assim se justifica que o Natal tenha sido dia 25, e os Reis só lá tenham chegado no dia 6 do mês seguinte....
(o autor vem por este meio reafirmar todo o respeito que tem por qualquer credo ou fé, pedindo desculpa de avanço por qualquer qualquer leitor que se possa ter sentido ofendido com esta brincadeira).
Vendo bem as coisas, Jesus não nasceu a 25 de Dezembro... Terá nascido em Abril, altura em que muito mais licitamente (por causa do frio que há na Palestina em Dezembro) haveria pastores a apascentar gado caprino e ovino (nada contra) às horas da noite em que o menino saltou cá para fora da imaculada mãe (que deixou de o ser após o acto, pudera)... Em Abril, bastava perfeitamente uma vaca e um burro para aquecer o fedelho... Mas... Se tivesse nascido mesmo em Dezembro... Havia de ter sido bonito.
Consta nas escrituras que os cuscos dos anjos desataram a esvoaçar em todas as direcções para espalhar a "boa nova do nascimento do Salvador" entre os pastores... o que está mal e comprova de novo todas as teorias sociais acerca desse grandioso fenómeno que é o boato: quem nasceu foi Jesus e eles andavam a espalhar que tinha sido um tal de Salvador... '
Tou mesmo a ver a cena... Temos o presépio, não é? A vaca e o burro, Nossa Senhora e o Xô José (aquele "S." para designar santo pode ser confundido com um "Sr." de senhor) , certo? Acima do menino, um anjo a verificar se o Criador, depois de ter criado um Mundo, inundações, pragas faraónicas, ter aberto um mar ao meio e não sei que mais, ainda sabia fazer uma criança de jeito, hã? E uma catrafiada de anjos atrás dele a perguntar: "Então, Gabi, então? Está em modo?"
O Arcanjo Gabriel, depois de espreitar uma ou duas vezes enquanto Maria amamenta a criança, exclama para trás para os escorraçar: "CALEM-SE!... NASCEU O SALVADOR!". resultado imediato: caos generalizado... "Pronto... Já deu merda outra vez! Então não era para ser Jesus?" comenta um querubim que como resposta obtém apenas uma outra voz (não menos parva) que lhe diz: "Cala-te! O Chefe é que sabe. Se quer chamar Salvador ao puto, que o chame! Ao menos sempre é melhor que Adão!". O resto da história, já se sabe... a notícia corre de boca em boca, de anjo para pastor até que chega à zona actualmente conhecida como Irão (lar de três magos que por serem muito bons a olhar para as estrelas e a cheirarem incenso, se julgavam os reis daquela merda toda).
"Não sei quê..... nascimento do Rei dos Judeus.... a mãe era virgem... anunciado por anjos aos povos da Terra!... Foda-se! Ó Gaspar, ainda te achas um rei? Rei é este puto, man!" (pequena simulação do que terá o Baltazar dito ao ler nos astros o anúncio do nascimento de Jesus).
O Melchior aproxima-se e manda valente testo na pinha do Baltazar: "És mesmo estúpido, pá! É o nascimento do Rei do Judeus, Jesus, O Salvador, pá! Não vês ali o cometa a dizer Jesus, a vírgula e o artigo definido masculino singular em maiúscula como indicador que é mesmo O Salvador e não outro Salvador qualquer?".
Nisto, os tipos já com os olhos vidrados põem-se a olhar para o céu e vêem uma estrela em movimento... Real moca! Sinal de Deus para irem ter com o miúdo e adorá-lo convenientemente, ou assim pensaram. Azar dos azares, as mães deles educaram-nos de forma a que, fossem a casa de quem fossem, levarem sempre qualquer coisa.... uma garrafa de vinho, um bolo em forma de donut com frutas cristalizadas por fora e frutos secos por dentro, ou qualquer outra coisa que tivessem à mão. Já estava o "Barbas" (como Baltazar era tratado pelos amigos) a arregaçar as mangas para fazer o tal bolo (especialidade dele) e cai-lhe nova foeirada na caixa dos pirolitos* (*cabeça). "Não há tempo para isso parvalhão, pega numa merda qualquer que tenhas praí e traz!" berra-lhe carinhosamente Melchior aos ouvidos... O Gaspar, como já estava "com a mão na massa" trouxe uns restitos de incenso (alegadamente era para o miúdo, mas veio a fum... cheirá-los todo o caminho). Melchior, levou a mão ao bolso e viu que tinha lá uns trocos em moedas de ouro, "Vamos embora a ver se passamos por um Pingo Doce ou coisa que o valha, para comprar um Action Man para o miúdo.... Eles nesta idade não dão valor nenhum ao dinheiro, querem é brinquedos!". O Baltazar, que se estava a perfumar com alguma mirra, "já que iam estar com o Salvador", sentiu de novo o seu couro cabeludo massajado ao de leve pela possante e pesada mão do Melchior com o habitual "Despacha-te, c*r*lh*! És pior que as mulheres!" de sempre que tinham de sair. E escusado será dizer que àquelas horas não encontraram nenhum Pingo Doce aberto.
Só assim se justifica que o Natal tenha sido dia 25, e os Reis só lá tenham chegado no dia 6 do mês seguinte....
(o autor vem por este meio reafirmar todo o respeito que tem por qualquer credo ou fé, pedindo desculpa de avanço por qualquer qualquer leitor que se possa ter sentido ofendido com esta brincadeira).
Comentários
o teu post está fenomenal pelo simples facto de nos dares outra visão da história, com um toque satirico e muito mais moderno... adorei, apesar de não ser ateia...
beijos