Eis-me de novo na minha torre, minha nuvem... No topo solitário da minha torre acompanhado por ti e pela luz que fazes brilhar em mim.
Sabem os Deuses, eu e tu, que andei ocupado a arrumar cantos recônditos da torre. Abri a porta que nunca tinha aberto, os meus segredos, e remexi no lodo buscando razões para o desacato da minha torre. Tive-te, nuvem, pairando à porta, paciente, bondosa, calma e complacente. Esperando-me.
Ouve-me, nuvem branca.
Eu sei que já pairaste sobre outros campos...
Eu sei que viste lagos e montanhas, abismos e planaltos.
Sei que o vento da vida que te trouxe a mim te pode levar,
mas é uma bênção para mim que cada dia que te deténs junto a esta torre
seja pela tua vontade que te prende....
Eu sei que já tiveste papagaios de papel a pairar junto a ti,
que o vento da vida arrastou contigo folhas lindas no Outono...
Sei que já voaram e planaram junto a ti criaturas que,
por uma razão ou por outra que não me atrevo a julgar,
se decidiram a afastar-se de ti e de tudo de teu.
Agora que algo que já se refugiou em ti e na tua bruma, como eu faço,
não pede mais do que a sombra de um sol abrasador...
Agora que reconheço que esse algo foi importante antes
e agora é importante de novo de outra maneira...
Agora que me apercebo que esse algo é melhor que eu
em mais aspectos do que posso imaginar.
Agora que admito que a minha torre não vale tanto quanto o que ele faz,
diz, tem e pode dar....
Agora sei que não queres melhor mesmo que o visses como melhor que eu
e não o vês.
Agora sei que não importa o quanto te afastes da torre que te acolherá, como eu,
de asas abertas porque voltarás sempre para estas minhas tuas asas....
E mais do que isso, sei que voltas sempre por tua vontade.....
Já só esperava que não ficasses tanto tempo longe ou que me levasses contigo para onde fosses, seja com quem for...
Sabem os Deuses, eu e tu, que andei ocupado a arrumar cantos recônditos da torre. Abri a porta que nunca tinha aberto, os meus segredos, e remexi no lodo buscando razões para o desacato da minha torre. Tive-te, nuvem, pairando à porta, paciente, bondosa, calma e complacente. Esperando-me.
Ouve-me, nuvem branca.
Eu sei que já pairaste sobre outros campos...
Eu sei que viste lagos e montanhas, abismos e planaltos.
Sei que o vento da vida que te trouxe a mim te pode levar,
mas é uma bênção para mim que cada dia que te deténs junto a esta torre
seja pela tua vontade que te prende....
Eu sei que já tiveste papagaios de papel a pairar junto a ti,
que o vento da vida arrastou contigo folhas lindas no Outono...
Sei que já voaram e planaram junto a ti criaturas que,
por uma razão ou por outra que não me atrevo a julgar,
se decidiram a afastar-se de ti e de tudo de teu.
Agora que algo que já se refugiou em ti e na tua bruma, como eu faço,
não pede mais do que a sombra de um sol abrasador...
Agora que reconheço que esse algo foi importante antes
e agora é importante de novo de outra maneira...
Agora que me apercebo que esse algo é melhor que eu
em mais aspectos do que posso imaginar.
Agora que admito que a minha torre não vale tanto quanto o que ele faz,
diz, tem e pode dar....
Agora sei que não queres melhor mesmo que o visses como melhor que eu
e não o vês.
Agora sei que não importa o quanto te afastes da torre que te acolherá, como eu,
de asas abertas porque voltarás sempre para estas minhas tuas asas....
E mais do que isso, sei que voltas sempre por tua vontade.....
Já só esperava que não ficasses tanto tempo longe ou que me levasses contigo para onde fosses, seja com quem for...
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