Na vida existem dois caminhos primordiais. Sábio é o homem que sabe orientar-se em ambos.
Sem qualquer conotação negativa ou positiva, existe então o caminho do Sol, da Luz, do Racional, de tudo aquilo que é explicável e comprovável e o caminho da Lua, da Sombra, do Emocional, de tudo aquilo que escapa à logica e à verificação óbvia. Esta é uma das bases mais simples da Magia, de todas as Magias, e é também uma base de vida invulgarmente abrangente.
Geralmente, aquele que segue a Luz fascina-se com a escuridão e com o mistério. Não sossega enquanto não impõe uma ordem naquilo que ultrapassa a sua compreensão, colocando um determinado item num compartimento estanque e seguro. A ordem, a claridade, a regra e respectivas excepções ditam os modos e guiam aquele que opta por ignorar o que o seu lado emocional lhe diz segue o que a razão lhe impõe. O seguidor da luz conhece os seus sentimentos e, mesmo quando perde o controle sobre o seu coração, sabe o que sente, como sente, porque sente e quando sente.
O seguidor da Sombra não sabe nem quer saber. É uma rolha de cortiça no mar da vida seguindo de vaga em vaga sem questionar o motivo das suas acções, reacções e decisões. Para o que opta pelo caminho da Lua, permanente é o estado de insaciedade de novidade, não pela sede de conhecimento mas pela fome de novos sentimentos. Não busca a compreensão mas a vivência da experiência. A emoção é uma permanente novidade e vêem o Mundo, não como um laboratório onde tudo se testa na busca da regra, mas como um parque infantil para todas as idades onde o prazer se obtem das mais variadas maneiras.
O seguidor da Luz, em tempos idos, era um clérigo, um juíz, um professor. Cabia-lhe, não julgar a pessoa, mas os actos e as decisões da pessoa a partir da compreensão dos mesmos. Era de sua responsabilidade o ensino quer da Compreensão Mútua entre humanos quer do Conhecimento Geral. Era um pacificador dotado de capacidades diplomáticas de negociação e na guerra um estratega absoluto.
O seguidor da Sombra era um curandeiro, um bruxo, alguém que, não compreendendo o Mundo, se dispunha a criar uma explicação sem sentido factual ou uma hipótese não vinculativa de interpretação do Real. Era um mestre das artes da adivinhação nas quais relacionava o fisicamente irrelacionável. Não procurava saber como ou porque é que as coisas poderiam correr de certa maneira, preferindo antes saber simplesmente o que iria acontecer realmente, sem planos, imiscuíndo-se de qualquer responsabilidade no desenrolar dos acontecimentos.
Quem segue a Razão reconhece a dor como impossibilidade de concretização do desejo. Reconhece o prazer como fugaz e efémero na vida considerando-o uma ilusão inútil que é na verdade um obstáculo a qualquer tipo de felicidade ou realização pessoal possível.
Quem segue o Sentimento reconhece a dor como algo a evitar a todo o custo buscando permanentemente o prazer. Almeja um utópico bem-estar perene e absoluto sem lugar ou tempo para qualquer sofrimento.
O domínio do que vive pelo Sol é a Razão e por ele é criada a Ciência e o Conhecimento.
O domínio do que vive pela Lua é o Sentimento e por ele é criada a Religião e a Superstição.
O Mundo sem Lua é frio e simples, sem lacunas. Harmonioso. Equilibrado. Estável e estanque.
O Mundo sem Sol é animado e misterioso, amorfo. Caótico. Irregular. Mutante e mutável a todo e cada momento.
Assim é a vida do Homem e Sábio é o ser que vive, não entregue a apenas uma destas forças, mas em equilíbrio com ambas. Ténue é a linha cinzenta que separa o Negro do Branco.
Sem qualquer conotação negativa ou positiva, existe então o caminho do Sol, da Luz, do Racional, de tudo aquilo que é explicável e comprovável e o caminho da Lua, da Sombra, do Emocional, de tudo aquilo que escapa à logica e à verificação óbvia. Esta é uma das bases mais simples da Magia, de todas as Magias, e é também uma base de vida invulgarmente abrangente.
Geralmente, aquele que segue a Luz fascina-se com a escuridão e com o mistério. Não sossega enquanto não impõe uma ordem naquilo que ultrapassa a sua compreensão, colocando um determinado item num compartimento estanque e seguro. A ordem, a claridade, a regra e respectivas excepções ditam os modos e guiam aquele que opta por ignorar o que o seu lado emocional lhe diz segue o que a razão lhe impõe. O seguidor da luz conhece os seus sentimentos e, mesmo quando perde o controle sobre o seu coração, sabe o que sente, como sente, porque sente e quando sente.
O seguidor da Sombra não sabe nem quer saber. É uma rolha de cortiça no mar da vida seguindo de vaga em vaga sem questionar o motivo das suas acções, reacções e decisões. Para o que opta pelo caminho da Lua, permanente é o estado de insaciedade de novidade, não pela sede de conhecimento mas pela fome de novos sentimentos. Não busca a compreensão mas a vivência da experiência. A emoção é uma permanente novidade e vêem o Mundo, não como um laboratório onde tudo se testa na busca da regra, mas como um parque infantil para todas as idades onde o prazer se obtem das mais variadas maneiras.
O seguidor da Luz, em tempos idos, era um clérigo, um juíz, um professor. Cabia-lhe, não julgar a pessoa, mas os actos e as decisões da pessoa a partir da compreensão dos mesmos. Era de sua responsabilidade o ensino quer da Compreensão Mútua entre humanos quer do Conhecimento Geral. Era um pacificador dotado de capacidades diplomáticas de negociação e na guerra um estratega absoluto.
O seguidor da Sombra era um curandeiro, um bruxo, alguém que, não compreendendo o Mundo, se dispunha a criar uma explicação sem sentido factual ou uma hipótese não vinculativa de interpretação do Real. Era um mestre das artes da adivinhação nas quais relacionava o fisicamente irrelacionável. Não procurava saber como ou porque é que as coisas poderiam correr de certa maneira, preferindo antes saber simplesmente o que iria acontecer realmente, sem planos, imiscuíndo-se de qualquer responsabilidade no desenrolar dos acontecimentos.
Quem segue a Razão reconhece a dor como impossibilidade de concretização do desejo. Reconhece o prazer como fugaz e efémero na vida considerando-o uma ilusão inútil que é na verdade um obstáculo a qualquer tipo de felicidade ou realização pessoal possível.
Quem segue o Sentimento reconhece a dor como algo a evitar a todo o custo buscando permanentemente o prazer. Almeja um utópico bem-estar perene e absoluto sem lugar ou tempo para qualquer sofrimento.
O domínio do que vive pelo Sol é a Razão e por ele é criada a Ciência e o Conhecimento.
O domínio do que vive pela Lua é o Sentimento e por ele é criada a Religião e a Superstição.
O Mundo sem Lua é frio e simples, sem lacunas. Harmonioso. Equilibrado. Estável e estanque.
O Mundo sem Sol é animado e misterioso, amorfo. Caótico. Irregular. Mutante e mutável a todo e cada momento.
Assim é a vida do Homem e Sábio é o ser que vive, não entregue a apenas uma destas forças, mas em equilíbrio com ambas. Ténue é a linha cinzenta que separa o Negro do Branco.
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Ja-ne sensei