Nunca me apercebi do quão bem representa o equilíbrio o símbolo do Ying e Yang... A luz e a escuridão... o branco e o negro....
A forma como o todo, representado pelo círculo, se encontra dividido, não de uma forma liminar e rectilínia, mas numa compenetrante e ondulante linha que divide tão bem ao meio a área do círculo como se de uma recta diametral se tratasse.... paradoxal....
O movimento estático impresso naquele símbolo em que, sabendo nós que ambas as partes se encontram imóveis, aparentam ambas estar apostadas numa permanente busca, uma perseguição, uma da outra.... A completude expressa na dicotomia do facto de o mais negro dos negros ter sempre um ponto branco e por consequência o mais belo e alvo dos brancos ter de ter sempre o seu ponto negro...
Recorda-me que aqui há anos a Pepsi se terá apercebido vagamente da beleza díspar desta dicotomia cromática, porém, tentando talvez refugiar-se de elações óbvias de parte da sua clientela, manteve a sugestão alterando a combinação cromática... O equilíbrio ficou ferido. A sensação de completude e de totalidade, aflorada, mas não obtida. Soa a Ying e Yang, Ying e Yang são sugeridos... Porém... (sim, porque há sempre um porém) Não vejo o vermelho vivo e o azul escuro a fundirem-se tão bem numa semelhante dicotomia... A darem-se tão bem, repelindo-se e aproximando-se... Que não tivessem aquela faixa branca entre eles a separá-los e a ameaçar desfazer o equilíbrio..... Ainda assim, penso que nem o vermelho nem o azul são cores tão obstinadamente absolutas na sua essência que possam contrapor-se ao nível da completude....
Note-se, o branco é branco e pronto. É manifestamente branco... É absoluto. É luz. Cega, se necessário...
Note-se, o preto é preto e mais nada. É obviamente preto. É imutável. É escuridão. Necessariamente cega...
O azul.... a quantidade de significados que o azul pode ter... É profundo e vasto como o mar e o céu... É altivo como a realeza...
O vermelho... aah, o vermelho...! Quente... O vermelho é carnal, encarnado... O vermelho é agressivo e sedutor... é intuitivo....
Adicione-se agora o branco ao vermelho... É vê-lo inocente, inóquo... quase inocente...
Adicione-se negro ao azul... A profundidade do oculto que ele ganha... o mistério e a dúvida numa cor...
E se se adicionar negro ao vermelho? Sangue... Pecado... Erros?...
Se se juntar branco ao azul, a claridade do céu estival, a inocência das crianças que se podem imaginar sob esse céu....
Pelo menos esta é a minha interpretação das cores e do Ying e Yang... A minha ideia base é que nunca haverá equilíbrio como o deste símbolo que se diz por aí ser chinês....
Devaneios de uma Gárgula.....
A forma como o todo, representado pelo círculo, se encontra dividido, não de uma forma liminar e rectilínia, mas numa compenetrante e ondulante linha que divide tão bem ao meio a área do círculo como se de uma recta diametral se tratasse.... paradoxal....
O movimento estático impresso naquele símbolo em que, sabendo nós que ambas as partes se encontram imóveis, aparentam ambas estar apostadas numa permanente busca, uma perseguição, uma da outra.... A completude expressa na dicotomia do facto de o mais negro dos negros ter sempre um ponto branco e por consequência o mais belo e alvo dos brancos ter de ter sempre o seu ponto negro...
Recorda-me que aqui há anos a Pepsi se terá apercebido vagamente da beleza díspar desta dicotomia cromática, porém, tentando talvez refugiar-se de elações óbvias de parte da sua clientela, manteve a sugestão alterando a combinação cromática... O equilíbrio ficou ferido. A sensação de completude e de totalidade, aflorada, mas não obtida. Soa a Ying e Yang, Ying e Yang são sugeridos... Porém... (sim, porque há sempre um porém) Não vejo o vermelho vivo e o azul escuro a fundirem-se tão bem numa semelhante dicotomia... A darem-se tão bem, repelindo-se e aproximando-se... Que não tivessem aquela faixa branca entre eles a separá-los e a ameaçar desfazer o equilíbrio..... Ainda assim, penso que nem o vermelho nem o azul são cores tão obstinadamente absolutas na sua essência que possam contrapor-se ao nível da completude....
Note-se, o branco é branco e pronto. É manifestamente branco... É absoluto. É luz. Cega, se necessário...
Note-se, o preto é preto e mais nada. É obviamente preto. É imutável. É escuridão. Necessariamente cega...
O azul.... a quantidade de significados que o azul pode ter... É profundo e vasto como o mar e o céu... É altivo como a realeza...
O vermelho... aah, o vermelho...! Quente... O vermelho é carnal, encarnado... O vermelho é agressivo e sedutor... é intuitivo....
Adicione-se agora o branco ao vermelho... É vê-lo inocente, inóquo... quase inocente...
Adicione-se negro ao azul... A profundidade do oculto que ele ganha... o mistério e a dúvida numa cor...
E se se adicionar negro ao vermelho? Sangue... Pecado... Erros?...
Se se juntar branco ao azul, a claridade do céu estival, a inocência das crianças que se podem imaginar sob esse céu....
Pelo menos esta é a minha interpretação das cores e do Ying e Yang... A minha ideia base é que nunca haverá equilíbrio como o deste símbolo que se diz por aí ser chinês....
Devaneios de uma Gárgula.....
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