A afirmação pessoal é um jogo muito perigoso. O Homem é um bicho social e eu sou um homem... Seguir o silogismo lógico é desnecessário.
Na adolescência, na fase de definição da identidade, é normal ser-se extravagante, cometer erros, revoltarmo-nos contra o mundo e a sociedade e as injustiças e o sentimento de que nada nem ninguém nos pode aceitar ou compreender. A acomodação seguinte é considerada a vida adulta. Admitimos que não podemos mudar o mundo e, como o mundo não nos aceita, temos de mudar e conformarmo-nos... Viver a restante vida à espera e a lutar por aguentar a pressão...
Há caos no Mundo. Nada é como queremos nem nunca será, sejamos nós como formos, queiramos nós o que quisermos. A frustração acumula no quotidiano e transforma empregos de sonho na modorra monocórdica da rotina... E não há nada que ninguém possa fazer contra isso, contra a inexorável passagem do tempo...
É um demónio que não devora mas corrói a alma de cada um, que nos faz procurar a felicidade em coisas diferentes de tempos a tempos e nos obriga à perpétua acomodação do amanhã.
Para alguns de nós, os permanentemente insatisfeitos, a adolescência não acaba porque nos aceitamos como somos e nos impomos ao Mundo como os que de fora vieram para o mudar. A mudança que eu trago ao Mundo é a aceitação do que o Mundo é e a imposição ao Mundo do que sou. Não vou mudar. Não vou alterar uma intenção na minha atitude. Quem não está comigo, não está contra mim, simplesmente não está. Eu sou o que sou e orgulho-me de não vergar o que querem que seja. Assim:
gosto de BD, dos comics ao manga, não me peçam opiniões nem perguntem detalhes porque sei mais do que pareço e menos do que gostaria; gosto de ler mas não o faço tanto quanto seria esperado e de literatura, leio muito mais depressa ficção e fantasia do que a Madame Bovary; Gosto de terror sem gostar do gore porque não consigo deixar de sentir a dor simpática que os outros sofrem; gosto de metal sem gostar de barulho pelo que abomino industrial, grind-core, e ruídos de quanto não tenha ou não dê para perceber a letra; Interesso-me muitíssimo pelo paranormal e pelo sobrenatural e se pudesse ia para os States fazer mestrado, doutoramento, pós-gradação e revirar do avesso as acepções atuais de quanto é considerado fora do normal; Faço qualquer coisa por quem amo e amo enquanto tenho provas de reciprocidade; sou promíscuo, um Jedi na rua e um Sith na cama; vicio rapidamente e tenho dificuldades em livrar-me de vícios mas já me livrei de alguns; detesto que me menosprezem mas já me menosprezei várias vezes; protelo, adio, procrastino mais do que é sensato; ajo por impulso e salto para o nada; já magoei e já fui magoado, já perdoei sem ser perdoado, já ultrapassei sem ser ultrapassado, já fui dragão e cavaleiro, demónio e anjo, ninja e samurai sem deixar nunca de ser quem sou hoje.
Sou imune a etiquetas e respondo a vários nomes. Sou um menino e um senhor. Não quero agradar a ninguém além de a mim próprio.
Na adolescência, na fase de definição da identidade, é normal ser-se extravagante, cometer erros, revoltarmo-nos contra o mundo e a sociedade e as injustiças e o sentimento de que nada nem ninguém nos pode aceitar ou compreender. A acomodação seguinte é considerada a vida adulta. Admitimos que não podemos mudar o mundo e, como o mundo não nos aceita, temos de mudar e conformarmo-nos... Viver a restante vida à espera e a lutar por aguentar a pressão...
Há caos no Mundo. Nada é como queremos nem nunca será, sejamos nós como formos, queiramos nós o que quisermos. A frustração acumula no quotidiano e transforma empregos de sonho na modorra monocórdica da rotina... E não há nada que ninguém possa fazer contra isso, contra a inexorável passagem do tempo...
É um demónio que não devora mas corrói a alma de cada um, que nos faz procurar a felicidade em coisas diferentes de tempos a tempos e nos obriga à perpétua acomodação do amanhã.
Para alguns de nós, os permanentemente insatisfeitos, a adolescência não acaba porque nos aceitamos como somos e nos impomos ao Mundo como os que de fora vieram para o mudar. A mudança que eu trago ao Mundo é a aceitação do que o Mundo é e a imposição ao Mundo do que sou. Não vou mudar. Não vou alterar uma intenção na minha atitude. Quem não está comigo, não está contra mim, simplesmente não está. Eu sou o que sou e orgulho-me de não vergar o que querem que seja. Assim:
gosto de BD, dos comics ao manga, não me peçam opiniões nem perguntem detalhes porque sei mais do que pareço e menos do que gostaria; gosto de ler mas não o faço tanto quanto seria esperado e de literatura, leio muito mais depressa ficção e fantasia do que a Madame Bovary; Gosto de terror sem gostar do gore porque não consigo deixar de sentir a dor simpática que os outros sofrem; gosto de metal sem gostar de barulho pelo que abomino industrial, grind-core, e ruídos de quanto não tenha ou não dê para perceber a letra; Interesso-me muitíssimo pelo paranormal e pelo sobrenatural e se pudesse ia para os States fazer mestrado, doutoramento, pós-gradação e revirar do avesso as acepções atuais de quanto é considerado fora do normal; Faço qualquer coisa por quem amo e amo enquanto tenho provas de reciprocidade; sou promíscuo, um Jedi na rua e um Sith na cama; vicio rapidamente e tenho dificuldades em livrar-me de vícios mas já me livrei de alguns; detesto que me menosprezem mas já me menosprezei várias vezes; protelo, adio, procrastino mais do que é sensato; ajo por impulso e salto para o nada; já magoei e já fui magoado, já perdoei sem ser perdoado, já ultrapassei sem ser ultrapassado, já fui dragão e cavaleiro, demónio e anjo, ninja e samurai sem deixar nunca de ser quem sou hoje.
Sou imune a etiquetas e respondo a vários nomes. Sou um menino e um senhor. Não quero agradar a ninguém além de a mim próprio.
Comentários