Interrompida a chuva subi a escada em caracol que me leva ao topo... Esperei o Sol... Sentei-me, depois de ter passado algum tempo empoleirado no bordo na espera... Passado o tempo suficiente para musgo se formar na humidade deixada, os meus olhos focaram o céu encoberto de nuvens... Nuvens já não de tempestade, mas brancas... Perguntei-me porque não se dissipavam as nuvens... Porque se colocavam entre mim e o Sol... E perguntei-lhes porque não se dissipavam e porque se colocavam entre mim e o Sol.
Uma nuvem aproximou-se ligeira e célere e rodeou-me. Indaguei-me da razão pela qual se aproximava assim de mim. Não veria ela o meu aspecto, a minha forma mostruosa...? As garras capazes de atrocidades e crudelidades ímpares? Perguntei-lhe então
- Porque te aproximas assim de mim, Nuvem Branca? Não vês que estou algures entre o monstro e o demónio? Acaso ignoras que atraio a mim a desgraça e a infelicidade com meus actos repulsivos?
Mas a Nuvem não estacou o seu movimento em direcção a mim.
- Nuvem Branca, - disse-lhe eu - não deves aproximar-te tanto, pois sabem os Deuses que todos os que se aproximam demasiado da minha Torre ficam marcados e deixam nela a sua marca!... Afasta-te pois nem eu sou digno da tua marca nem tu mereces ficar assim marcada...
Era já tarde e a bela Nuvem Branca já me envolvia. Naquele momento não senti a falta do Sol porque senti um novo Sol brilhar em mim, quase sem força... Naquele momento senti-me mais eu e menos qualquer coisa que tenha sido deixada arruinada na minha Torre. Tudo porque apenas obtive, daquela que passou a ser a minha Nuvem, um inesperado abraço que me envolveu e me obrigou a procurar outra Luz além da que já conhecia... a minha luz compatibilizada e pacificada com a minha escuridão.
Uma nuvem aproximou-se ligeira e célere e rodeou-me. Indaguei-me da razão pela qual se aproximava assim de mim. Não veria ela o meu aspecto, a minha forma mostruosa...? As garras capazes de atrocidades e crudelidades ímpares? Perguntei-lhe então
- Porque te aproximas assim de mim, Nuvem Branca? Não vês que estou algures entre o monstro e o demónio? Acaso ignoras que atraio a mim a desgraça e a infelicidade com meus actos repulsivos?
Mas a Nuvem não estacou o seu movimento em direcção a mim.
- Nuvem Branca, - disse-lhe eu - não deves aproximar-te tanto, pois sabem os Deuses que todos os que se aproximam demasiado da minha Torre ficam marcados e deixam nela a sua marca!... Afasta-te pois nem eu sou digno da tua marca nem tu mereces ficar assim marcada...
Era já tarde e a bela Nuvem Branca já me envolvia. Naquele momento não senti a falta do Sol porque senti um novo Sol brilhar em mim, quase sem força... Naquele momento senti-me mais eu e menos qualquer coisa que tenha sido deixada arruinada na minha Torre. Tudo porque apenas obtive, daquela que passou a ser a minha Nuvem, um inesperado abraço que me envolveu e me obrigou a procurar outra Luz além da que já conhecia... a minha luz compatibilizada e pacificada com a minha escuridão.
Comentários
Só sei que é assim :*: