Passou o Natal... Entre queixas e juras de vingança a esse grande pedófilo que é na verdade o Pai Natal, lá nos fomos lentamente deixando embriagar na modorra que é a espera pelo Ano Novo. Este Ano acabou com a minha tragédia a nível académico... Não foi propositado e quem me conhece sabe que dei mais do que o que estou habituado ou consigo mesmo dar normalmente... Fi-lo para não decepcionar ninguém, para não me decepcionar a mim, para continuar a ser o que era, para me manter o que era na mente das outras pessoas. Sento-me aqui, nesta sala obscura, Index aberto, lamparina acesa a consumir-me o oxigénio.... Lá fora não há fogueiras... Entre as palavras ditas, escritas, gastas pelos outros e as minhas vai o espaço estipulado entre aqueles que as percebem e as denunciam, as reformulam, as interpretam, e o que ocupo, tentando percebê-las e denunciá-las, reformulá-las, interpretá-las, percebê-las, tomá-las.... Percebê-las.... Tanto esforço, a concentração de quem quer ser mais do que um pa...
Pode ser um obstáculo e um ponto de fuga.... pode ser.... mas é uma torre.