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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2018
"Eu não quero..." Como se a vontade me desarmasse... Olhos já rasos de lágrimas porque sabe que é escusado e que sem levantar a voz não vai ser feita a vontade mas o dever. - Pequenino... Meu amor... Deixa-te estar ao meu colo.... Um chi? Um chi bom e apertado. - Mas eu não quero! - Eu já percebi... E percebi que não percebes porque tem de ser assim e desculpa, mas também não sou capaz de te explicar melhor e vais ter de confiar em mim... Olhos a desviar-se... Não é birra... É apenas mais agradável a alternativa e ele prefere-a... Como o compreendo. - Escuta, vamos experimentar devagarinho... Um primeiro esforço só, vá... Se não conseguires, tudo bem. - Não... - um ensaio de esperneio para fugir. - Queres a recompensa? Olha ali... Queres aquilo? - ele cede um pouco - não nos te estou a pedir tudo... Vá, vamos aos poucos? Ele cede. E em menos de nada tem o lanço para acabar sem custo o que não queria fazer de todo e está tudo feito.... Comer a sopa, arrumar os brinque
Caminhava pelo mercado numa tarde fria, vendo os vendilhões vendendo as suas mercadorias nas bancas cobertas por linhos de muitas cores e completamente fascinado pelo odor das frutas, pelo murmúrio indefinível resultante dos pregões e das disputas de negócio... Via as pessoas a irem umas contra as outras, empurrando-se mais por negligência do que por intenção, cada um no seu caminho pessoal. Nessa tarde reparei num homem. Comprava fruta a peso como as restantes pessoas. Mexia e remexia em tecidos que tencionava comprar... Olhava as pessoas como eu e escondia-se como eu, mas eu escondo-me por causa do meu aspecto e tenho mais sucesso que ele porque, apesar de se esconder, não se ocultava tanto quanto desejaria permitindo que qualquer pessoa lhe visse a cara. Isto fez-me pensar que o que ele ocultava não seria tanto o seu aspecto, mas algo de interior. Depois de o ver a pagar uma pulseira de um azul majestoso e afastar-se cauteloso da respectiva banca, aproximei-me com a minha cautela